Conflito

Rússia diz que ainda não há acordo com os EUA sobre troca de prisioneiros

De acordo com meios de comunicação dos EUA, a troca seria de Viktor Bout por Brittney Griner, jogadora de basquete que está sendo julgada após ser presa em fevereiro por posse de maconha ao chegar a Moscou

Joe Biden e Vladimir Putin - Jim Watson, Grigory Dukor / AFP

A Rússia confirmou nesta quinta-feira (28) que mantém negociações com os Estados Unidos para uma troca de detidos, mas garantiu que ainda não houve acordo. 

As negociações "são realizadas pelas autoridades competentes. Ainda não se chegou a um resultado concreto", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em comunicado. De acordo com Zakharova, os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin "na época" ordenaram negociações de troca de prisioneiros, um tópico que surgiu regularmente desde a cúpula de junho de 2021 em Genebra. 

O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, anunciou na quarta-feira que falará "nos próximos dias" com seu homólogo russo, Serguei Lavrov, para discutir uma oferta "substancial" americana, com o objetivo de libertar dois americanos detidos na Rússia. 

De acordo com vários meios de comunicação dos EUA, seria sobre a troca de Viktor Bout por Brittney Griner, uma jogadora de basquete que atualmente está sendo julgada após ser presa em fevereiro por posse de maconha ao chegar a Moscou, e Paul Whelan, que está cumprindo uma pena de 16 anos de prisão na Rússia por espionagem. 

Viktor Bout, conhecido traficante de armas russo, foi preso na Tailândia em 2008 e cumpre pena de 25 anos de prisão nos Estados Unidos. Apelidado de "Mercador da Morte", sua extraordinária carreira inspirou o filme "O Senhor da Guerra", estrelado por Nicolas Cage como um cínico traficante de armas. 

Várias trocas de prisioneiros ocorreram no passado. Em abril, o ex-fuzileiro naval americano Trevor Reed, condenado a nove anos de prisão na Rússia por violência que ele mesmo nega, foi trocado por um piloto russo, Konstantin Yaroshenko, preso nos Estados Unidos desde 2010 por tráfico de drogas com as FARC colombianas.