Cuba

Cuba segue combatendo um gigantesco incêndio

Incêndio em dois tanques de petróleo já dura dois dias

Incêndio de grandes proporções em tanques de petróleo, em Cuba - Yamil Lage/AFP

Com ajuda internacional, Cuba segue lutando neste domingo (7) contra um grande incêndio que começou há dois dias em dois tanques de petróleo e deixou pelo menos um morto, 16 desaparecidos e dezenas de feridos.

Familiares dos desaparecidos se encontraram neste domingo com o presidente Miguel Díaz-Canel em um hotel na cidade de Matanzas. O incidente ocorreu na Base de Supertanqueros, no cinturão industrial do município, de 144 mil habitantes, localizado a 105 km da capital Havana.

Dos 122 feridos inicialmente registrados, 24 permanecem hospitalizados, cinco em estado crítico, de acordo com o pessoal médico.

O corpo do bombeiro Juan Carlos Santana, de 60 anos, encontrado no sábado, foi sepultado neste domingo com honras em sua cidade natal, Rodas, na província vizinha de Cienfuegos.

O incêndio começou na tarde de sexta-feira quando um raio atingiu um dos tanques do depósito, que continha 26 mil metros cúbicos de petróleo nacional, cerca de 50% de sua capacidade máxima.

Esse tanque alimenta, por meio de um gasoduto, a usina termelétrica Antonio Guiteras, que no último dia 24 de maio ficou fora de serviço por alguns dias, quando outro raio danificou sua estrutura.

Durante a madrugada, o fogo se espalhou para um segundo tanque, fazendo-o explodir com 52 mil metros cúbicos de óleo combustível.

As autoridades coordenaram os trabalhos neste domingo com os responsáveis pelas brigadas do México e da Venezuela que chegaram na noite de sábado para ajudar a apagar o incêndio.

Quatro aviões mexicanos e um avião venezuelano pousaram no aeroporto do famoso balneário de Varadero, cerca de 40 km ao norte de Matanzas, com ajuda material e assistência técnica.

"A ajuda é importante, acredito que será decisiva", disse Díaz-Canel à imprensa.

A imensa coluna de fumaça que se estendia até Havana parecia mais estreita neste domingo, e a poluição do ar estava se dissipando.

De um posto de auxílio, a cerca de 150 metros da base dos tanques, os voluntários da Cruz Vermelha local aguardavam, e os caminhões de bombeiros saíam constantemente em direção à área do incêndio.