EUA anuncia US$ 1 bi em ajuda militar adicional para Ucrânia
Ajuda inclui envio de mísseis para os sistemas americanos de artilharia de precisão
O Pentágono anunciou, nesta segunda-feira (8), um novo pacote de ajuda militar de US$ 1 bilhão que inclui mísseis para os sistemas americanos de artilharia de precisão, o Himars.
Também prevê o envio de mísseis adicionais de curto e médio alcance para os sistemas de defesa antiaérea NASAMS, assim como mísseis antitanque Javelin, detalhou o Departamento de Defesa americano em comunicado.
Além disso, a Ucrânia receberá 75.000 obuses de 155 mm, destinados aos sistemas de artilharia ocidentais que possui, e cerca de 50 veículos médicos blindados.
Essas são "capacidades cruciais para ajudar os ucranianos a se defenderem contra a ofensiva russa no leste e se adaptarem aos desenvolvimentos atuais no sul e em outros lugares", disse Colin Kahl, número três do Pentágono, a repórteres, referindo-se à contra-ofensiva lançada por Kiev na região de Kherson.
Kahl, subsecretário de defesa para assuntos políticos, se recusou a dizer quantos mísseis de precisão Himars foram incluídos neste novo pacote de ajuda.
Indicou, no entanto, que o exército ucraniano recebeu "centenas" de mísseis deste tipo nas últimas semanas e que os dois sistemas de defesa aérea Nasams, incluídos no anterior pacote de ajuda militar e anunciados no início de julho, só chegariam à Ucrânia "nos próximos meses".
Os mísseis para esses sistemas, que estão no novo pacote anunciado na segunda-feira, devem "chegar ao mesmo tempo" que os de lançamento, acrescentou. A Ucrânia pede há meses uma melhor proteção aérea.
Esta nova ajuda eleva para US$ 9,8 bilhões o montante total em auxílio militar dos Estados Unidos à Ucrânia desde que Joe Biden chegou à Casa Branca, segundo o Pentágono.
Em outro comunicado, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, deu boas-vindas a essas medidas.
"Seguiremos consultando de perto a Ucrânia e aumentaremos os sistemas e as capacidades adicionais disponíveis, cuidadosamente calibrados para fazer a diferença no campo de batalha e fortalecer a posição final da Ucrânia na mesa de negociações", assinalou Blinken.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, afundando o país em uma guerra sem precedentes que provocou o deslocamento maciço de milhões de ucranianos e a destruição de muitas infraestruturas.
Por outro lado, o Banco Mundial anunciou hoje uma ajuda adicional de US$ 4,5 bilhões para a Ucrânia, graças aos recursos aportados pelos Estados Unidos, para ajudar o governo a lidar com as "necessidades urgentes geradas pela guerra".
Esta ajuda adicional deverá permitir que o governo e as autoridades locais cubram os gastos sociais, de previdência e saúde, assinalou o Banco Mundial em nota.
Com isso, já são quase US$ 13 bilhões em ajuda financeira de emergência concedidos à Ucrânia por essa instituição internacional sediada em Washington.