ESTREIA NOS CINEMAS

"Papai é Pop" discute a paternidade com leveza e sensibilidade

Lázaro Ramos vive um pai de primeira viagem que passa por um processo de transformação interna

Filme "Papai É Pop" - Divulgação

Com estreia marcada para esta quinta-feira (11), às vésperas do Dia dos Pais, o filme “Papai é Pop” leva para a telona um tema que, ainda que tardiamente, vem ganhando mais atenção. A partir de uma história leve e bem-humorada, o longa-metragem discute a paternidade ativa, dando ao público a oportunidade de refletir sobre o papel masculino na criação dos filhos.
 


Dirigido por Caito Ortiz e com roteiro de Ricardo Hofstetter, o filme é livremente inspirado no best-seller “O Papai é Pop”, de Marcos Piangers, em que o autor relata suas experiências como pai de primeira viagem por meio de crônicas. Na versão cinematográfica, Tom, interpretado por Lázaro Ramos, vê sua vida mudar completamente com a chegada da primeira filha.

Situações do cotidiano de qualquer família que acaba de receber um bebê são retratadas no longa. Tom vai aprendendo com os próprios erros a cuidar da pequena Laura (Malu Aloise). Já sua esposa, Elisa (Paolla Oliveira), sofre com a sobrecarga e a pressão para dar conta de tudo como mãe.
 

Tom tem em seu comportamento as marcas do machismo arraigado em nossas estruturas sociais. Isso o leva, por exemplo, a gastar tempo na pelada com os amigos enquanto a companheira atravessa o puerpério sozinha. Só depois de muitas dores - causadas para si e para os outros - é que o personagem passa por um processo de transformação interna fundamental para que ele consiga enxergar a paternidade com outros olhos.

Em “Papai é Pop”, a emoção é despertada no espectador por meio de dramas comuns. Ao mesmo tempo, o humor surge em cena de forma natural, sem a necessidade de um roteiro que force situações cômicas. Juntando tudo isso a um elenco - especialmente a dupla Lázaro e Paolla - completamente entrosado, o resultado é um filme sensível, para fazer rir, chorar e refletir.