Negociação

Moscou confirma negociações para libertar traficante de armas russo preso nos EUA

Os Estados Unidos declararam em várias ocasiões que fizeram uma "oferta consistente" para obter a libertação de dois americanos presos na Rússia

A jogadora de basquete estadunidense Brittney Griner condenada no início de agosto a nove anos de prisão por tráfico de drogas - Reprodução / Instagram

Um diplomata russo confirmou, neste sábado (13), que Moscou e Washington negociam uma possível troca de prisioneiros, que envolveria um notório traficante de armas russo preso nos Estados Unidos e uma jogadora de basquete americana detida na Rússia.

Os Estados Unidos declararam em várias ocasiões que fizeram uma "oferta consistente" para obter a libertação de dois americanos presos na Rússia, a jogadora de basquete Brittney Griner e o ex-soldado Paul Whelan

Segundo a imprensa americana, o objetivo seria trocá-los pelo traficante de armas russo Viktor Bout, também conhecido como "o mercador da morte". 

Bout foi preso na Tailândia em 2008 e cumpre uma pena de 25 anos de prisão nos Estados Unidos. 

Sua vida inspirou o filme "O Senhor das Armas", no qual Nicolas Cage interpreta um cínico traficante de armas. 

"As conversas sobre a muito delicada troca (de prisioneiros) estão ocorrendo através dos canais designados por nossos presidentes", disse o diretor do departamento para a América do Norte no Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Darchiev

Os nomes citados pela imprensa americana "estão sendo efetivamente levados em consideração. A Rússia vem buscando a libertação de Viktor Bout há muito tempo", acrescentou em entrevista publicada pela agência de notícias russa Tass. 

É a primeira vez que Moscou confirma negociações sobre uma possível troca de prisioneiros na qual Viktor Bout entraria.

As discussões se aceleraram depois que a jogadora de basquete Griner foi condenada no início de agosto a nove anos de prisão por tráfico de drogas.

Griner foi presa em fevereiro em Moscou com um vaporizador contendo líquido à base de cannabis. A jogadora admitiu estar de posse dessa substância, mas alegou tê-la trazido inadvertidamente para a Rússia e usado legalmente nos Estados Unidos como analgésico.