Bolsonaro minimiza ação do FBI contra Trump e diz que presidentes têm informações privilegiadas
Brasileiro disse que não conversou com aliado americano após busca em mansão
O presidente Jair Bolsonaro minimizou neste sábado (13) a investigação sobre o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por possíveis violação da Lei de Espionagem. De acordo com Bolsonaro, qualquer presidente têm acesso a "informações privilegiadas" e não precisa de "papéis" para isso.
Bolsonaro é aliado de Trump, mas disse que não conversou com ele depois da operação do FBI, a polícia federal americana, em sua mansão, na segunda-feira.
"Tenho liberdade de conversar com Trump, mas não liguei para ele. Teve uma busca apreensão, essa? Foram buscar papeis lá, secretos, sigilosos, que teria, que teria sido guardado com ele. Agora, um presidente, você não precisa de papéis, eu tenho informações privilegiadas, vão fazer o que? Vão me prender agora? " disse o presidente, em entrevista ao canal do Youtube Cara a Tapa.
O mandado de busca do FBI indica que o ex-presidente republicano está sob investigação por possíveis violações de três leis americanas. A primeira é a Lei de Espionagem, que torna ilegal reter sem autorização informação de segurança nacional que poderia prejudicar os EUA ou auxiliar um adversário estrangeiro.
A segunda é um estatuto associado à remoção ilegal de materiais governamentais. Já terceira é uma lei federal que torna crime destruir ou esconder um documento para obstruir uma investigação do governo.
Bolsonaro é alvo em um inquérito que investiga se o presidente vazou informações sigilosas de uma investigação da Polícia Federal que apura suposto ataque ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018. A investigação foi aberta em agosto de 2021 a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).