Empreendedorismo

Formalização de Pequenos Negócios: vale a pena ser MEI?

Entenda os benefícios de ser micro empreendedor individual e como isso impacta na formalização de pequenos negócios nos dias atuais!

Pixabay.com

É notável a escassez de oportunidades que se acentua gradualmente a cada ano no mercado de trabalho

Todavia, não fora somente a angústia que se aflorou nesse cenário aparentemente caótico, nascera, também, uma leva infindável de oportunidades para aqueles munidos de coragem e criatividade para se aventurar na atividade empresarial. 

Constatou-se que houve um crescimento de 19,8% no número de registros de MEI comparando os anos de 2020 e 2021, e o fomento para esse setor da economia não para de receber apoio. 

Além de diversas políticas de instituições financeiras que facilitam empréstimos, assistências especiais e cartões exclusivos para os novos empresários aventureiros, ainda há um respaldo tecnológico legal em tal prática.

Não se tem mais a necessidade de esperar um correspondente bancário bater em sua porta lhe oferecendo serviços e facilidades. Nos tempos atuais, a vida do empreendedor é facilitada por aplicativos e Chatbots que solucionam quaisquer questões que sejam pertinentes aos seus projetos, tudo na palma de sua mão.

Segundo o dicionário financeiro Dificio, o projeto de lei complementar (PLP) 108/21 aumentará o teto de faturamento anual da categoria MEI de 81 mil para mais de 144 mil reais, aumentando significativamente não somente as possibilidades de negócio dessa categoria, mas, também, a segurança de ter um início mais calmo e planejado no empreendimento.

Abaixo, algumas considerações serão feitas a respeito do quanto e como esses valores influenciam na vida do MEI ou na vida do leitor do texto em tela. E, ao tempo do último parágrafo, não somente os olhos, mas, também, novas portas serão abertas.

Novos Negócios Surgem como Solução em Tempos de Crise
O aumento significativo no teto do valor de arrecadação anual do Microempreendedor Individual abre um leque de oportunidades não somente para aqueles que já estão no mercado, mas também para aqueles que querem ingressar.

Poucos sabem, mas existem diversas funções profissionais abrangidas pela categoria, até um fonoaudiólogo pode ser mei, sim, é um contrassenso, quando se lê o termo microempreendedor, se imagina algum jovem com muitos sonhos, morador de um bairro chique de alguma cidade grande, iniciando seu projeto de vida que, se não der certo, ele poderá tentar novamente.

Mas essa concepção mudou de alguns anos para cá, praticamente qualquer um com um sonho e paciência pode ser MEI, óbvio que há restrições, como, por exemplo, os profissionais que exercem atividades classificadas como “intelectuais”, que seria o caso de advogados, médicos, psicólogos ou qualquer outra atividade que tiver um órgão próprio ou conselho regulador individual, como os casos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ou o CRM (Conselho Regional de Medicina).

Existem atividades que até pouco não se justificavam obterem tal classificação, justamente por não haver incentivo para tal prática, seja por conta da grande competição dentro de um mercado dominado por grandes empresas de diversos segmentos, ou até pela preocupação de que caso a empresa começasse a correr bem nascesse a necessidade de ir subindo gradualmente de classificação e tendo que dispor um valor maior para o enquadramento.

Porém, a pandemia e as políticas de fomento ao empreendedorismo no Brasil liquidaram as dúvidas e inseguranças destes que querem começar o seu negócio. 

Com a percepção mundial da urgência de uma economia sustentável e dinâmica, criou-se espaço para novas ideias que há muito estavam guardadas em uma gaveta escura, somente esperando suas chances de serem colocadas em prática.

Brechós, sebos, bazares, marcas locais de roupa, artesanato… O céu é o limite para as ideias que foram tomando o espaço das redes sociais, que vale citar, se tornaram grandes aliadas para os novos empreendedores. 

Uma espécie de vitrine virtual, as redes sociais perceberam  aumento no número de usuários vendendo produtos e adotaram práticas para deixar mais fácil e dinâmica a negociação. Não somente separando um espaço específico para a venda dentro do perfil da própria marca, mas também tornando a busca mais inteligente e destrinchada. 

Com um teste simples em qualquer rede social se percebe isso, é só digitar na pesquisa da aba de “lojas” qualquer termo, como “impressora” por exemplo, e aparecerão diversas lojas de impressoras para sublimação, impressoras laser, tintas de impressora e diversos outros itens do mesmo segmento.

Espaço Digital para o Empreendedor
Não existe mais a necessidade de manter um escritório físico ou uma sede enorme com diversos funcionários e despender valores assustadores, com pormenores operacionais que uma empresa tradicional necessita, como mesas, cadeiras, computadores, um wi-fi com um alcance enorme ou a utilização de repetidor de sinal, nem qualquer outra dessas peculiaridades que desencadeariam gastos significativos e desnecessários para iniciantes, como os abrangidos pela categoria de MEI.

O ambiente virtual proporciona tudo que uma empresa poderia oferecer a um empresário tradicional com muito menos burocracia, e não pára por aí. Existem ferramentas que facilitam a realização de outras questões pertinentes à prática de venda de produtos online, como frete, etc.

Qualquer envio de uma localidade à outra gera um código que habilita uma localização precisa, que pode ser acompanhada através do site de rastreamento correios, facilitando para que as vendas ocorram sem a barreira geográfica e possam acontecer de forma quase infinita, o que faz com que a divulgação nas mídias faça ainda mais sentido, já que pode atingir um número ilimitado de pessoas.

Formalização Começa pela Pesquisa
Com a junção das práticas de fomento à atividade empresarial por meio de instituições financeiras e a facilidade proporcionada pelas redes sociais na compra e venda dos mais diversos produtos e serviços, o registro e a profissionalização do sonho do empreendedor brasileiro fica cada dia mais fácil. 

Sim, a maioria dos segmentos de mercado está cheia, e muito, mas jamais estará saturada. Vivemos em um país extremamente plural, com gostos e necessidades cada vez mais diversificadas, e sempre existe uma demanda a ser atendida. 

Todavia, a recorrência de golpes e a insegurança gerada pela facilidade que pessoas mal intencionadas têm de enganar os consumidores, cria uma necessidade de profissionalização crescente. 

Esse é o motivo pelo qual houve o aumento do teto de faturamento, pelo qual as redes sociais incitaram a profissionalização das vendas de produtos em suas plataformas e, também, o motivo pelo qual as instituições bancárias dão incentivos aos empresários MEI com seu registro.

Quem planeja ter ou já tem um negócio de sucesso, precisa estar pronto para a formalização, pois o preço de trabalhar na informalidade pode ser mais alto do que as taxas e impostos cobrados de quem trabalha legalmente.

Pesquisar pelas informações corretas é o primeiro passo
Feito isso, é hora de seguir para a prática. Uma visita ao SEBRAE, geralmente, é um bom início e, depois, fica mais fácil saber o que fazer.