Economia

Viagens de negócios aceleram, mas só voltarão ao US$ 1,4 tri do pré-pandemia em 2026, prevê setor

Gargalos de mão de obra, lockdowns na China e inflação pioram perspectiva para o turismo corporativo

Aeroporto Internacional do Recife - Divulgação/Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco

As viagens de negócios aceleraram, mas só devem voltar para o nível pré-pandemia de US$ 1,4 trilhão em meados de 2026 devido à alta da inflação, à desaceleração econômica e aos altos preços da energia, prevê a Associação Global de Viagens de Negócios.

O retorno ao nível de 2019 também está sendo retardado por interrupções na cadeia de suprimentos, escassez de mão de obra, lockdowns na China e os efeitos da guerra na Ucrânia em regiões próximas, de acordo com o relatório Business Travel Index Outlook referente a 2022, divulgado na segunda-feira, na convenção anual da associação. O documento analisa os gastos com viagens de negócios em 73 países e 44 indústrias.

"Os fatores que afetam muitas indústrias ao redor do mundo também devem impactar a recuperação global das viagens de negócios em 2025. O resultado previsto é que vamos chegar perto, mas não vamos atingir e superar os gastos pré-pandemia até 2026", afirmou Suzanne Neufang, CEO da organização.

Espera-se que as viagens de negócios globais totalizem US$ 933 bilhões este ano, 65% do nível de 2019. Deve crescer para US$ 1,16 trilhão em 2023, expandir para quase US$ 1,4 trilhão em 2025 e atingir US$ 1,47 trilhão em 2026, de acordo com a previsão do setor.

Espera-se que a América do Norte e a Europa Ocidental tenham as recuperações mais acentuadas, crescendo para US$ 363,7 bilhões e US$ 323,9 bilhões, respectivamente, até 2026, mostrou o estudo.