Justiça

Ex-jogador Ryan Giggs garante que nunca agrediu uma mulher

Se condenado, Giggs pode pegar até cinco anos de prisão

Ryan Giggs se declara inocente das acusações de violência doméstica, pelas quais pode pegar até cinco anos de prisão - Lindsey Parnaby / AFP

Ex-astro do Manchester United, o galês Ryan Giggs garantiu nesta terça-feira (16) que nunca cometeu atos de violência contra mulheres, mas reconheceu que foi infiel, durante seu julgamento por violência doméstica.

O ex-jogador de 48 anos, que ganhou duas Ligas dos Campeões com a camiseta do 'Red Devils' e que fez parte da seleção de Gales, falou pela primeira vez no tribunal de Manchester.

Quando seu advogado Chris Daw lhe perguntou "se já havia agredido a uma mulher em sua vida", respondeu 'Não'. O mesmo respondeu quando o magistrado lhe questionou se "já tinha tentado controlar ou forçar uma mulher, como afirma Kate Greville", sua ex-companheira.

Greville afirma que em novembro de 2020, Ryan Giggs lhe deu uma cabeçada e que acertou a mandíbula de sua irmã que tentou ajudá-la. Também descreveu uma discussão no início do relacionamento, na qual qual Giggs teria lhe arrastado nua até o corredor de um hotel, onde atirou todo o conteúdo de sua mala.

Giggs se declarou inocente. Seu advogado afirmou na segunda-feira que o atleta "não recorreu a nenhum tipo de violência ilegal", afirmando que seu cliente admitia que seu comportamento "no plano moral estava longe de ser perfeito".

O jogador reconheceu um aspecto de sua vida particular nesta terça-feira, ao responder "não" quando seu advogado perguntou se "foi fiel" a suas sucessivas companheiras, entre elas sua ex-esposa e Kate Greville.

"Se uma mulher sedutora manifesta interesse em você, seja qual for sua situação conjugal, você é capaz de resistir?", perguntou novamente o defensor.

"Não", respondeu Ryan Giggs, que, caso seja condenado, pode enfrentar até cinco anos de prisão.

Como jogador, Giggs ganhou 13 títulos da Premier League e dois da Liga dos Campeões com o Manchester United. Foi escalado em janeiro de 2018 para a seleção de Gales, com a qual chegou às oitavas de final da última Eurocopa no ano passado.