RECIFE

Obras sacras e pertences roubados em 2009 são devolvidos para Convento de Santo Antônio, no Recife

Entre os objetos, estão cinco obras tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)

Entre os pertences estavam estátuas,escultura de madeira, castiçais e livros em diversos idiomas - Divulgação/JFPE

Objetos furtados do Convento de Santo Antônio, no Centro do Recife, em 2009, foram devolvidos nesta terça-feira (16), pela 36ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco (JFPE). Entre os bens furtados, estão cinco obras sacras históricas tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), com origem datadas dos séculos XVII e XVIII. 

Entre os pertences, estão duas imagens de Santo Antônio, uma pequena com 57 cm e outra maior com 76 cm, e uma estátua de Nossa Senhora do Rosário, com 93 cm. Os bens foram entregues Frei Edilson Maurício dos Santos, guardião do convento, e ao Frei Roberto Soares de Oliveira, coordenador do Serviço do Patrimônio Histórico da Província. 

Além das representações, foram devolvidos outros objetos, como escultura de madeira, castiçais e livros em diversos idiomas.

Entenda o caso:

Os pertences foram furtados no mês de novembro de 2009. A autoria dos furtos foi atribuída a Marcos Antônio dos Santos Sabino, falecido em fevereiro de 2011, que possuía acesso às dependências do convento pela sua  proximidade ao Frei Francisco Fernando da Silva. O autor revelou à polícia que vendeu as três imagens a Carlos Benevides, dono de um antiquário.

Em março de 2016, a Operação Sétimo recuperou uma das imagens sacras de Santo Antônio e a de Nossa Senhora do Rosário. Após uma semana, Carlos Augusto entregou voluntariamente a imagem menor do santo. O proprietário do antiquário foi acusado e condenado a três anos, sete meses e seis dias de prisão pelo crime de receptação qualificada. 

A pena foi cumprida em regime aberto, substituída por duas penas restritivas de direitos, além de multa. O processo foi julgado no dia 15 de setembro de 2021,quando foi determinada a devolução dos bens históricos ao Convento após concordância do Ministério Público Federal.