Ex-governador petista Fernando Pimentel é absolvido em mais uma ação da Operação Acrônimo
O juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos entendeu que a acusação não apresentava nenhuma prova contra o petista
A 12ª Vara Federal de Brasília absolveu o ex-governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), de uma das ações penais da Operação Acrônimo, que o acusava de corrupção durante período em que presidiu a Câmara de Comércio Exterior na gestão do PT no governo federal.
Na época, Pimentel era ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior do governo Dilma Rousseff.
Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República havia acusado Pimentel de solicitar propina à Odebrecht por meio de um operador financeiro. O juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos entendeu que a acusação não apresentava nenhuma prova contra o petista e disse que se tratava de "completa ausência de demonstração dos fatos alegados".
"O Ministério Público Federal não trouxe aos autos prova alguma dos fatos que alegou. Firma-se em relatos prestados por réus colaboradores, os quais sequer permitem a instauração da instância penal", escreveu o juiz. Ainda cabe recurso contra a absolvição.
Além desse caso, Pimentel já foi absolvido em três ações penais na Justiça Eleitoral de Minas Gerais e teve uma denúncia rejeitada na Justiça Federal de Minas Gerais, todas decorrentes da investigação conhecida como Operação Acrônimo, conduzida pela Polícia Federal entre 2015 e 2016. Há uma última ação penal na qual ele é réu, mas está suspensa por ordem do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Após ter perdido a disputa à reeleição ao posto de governador de Minas Gerais em 2018, Pimentel registrou candidatura a deputado federal no pleito deste ano.
Em nota, o advogado Eugênio Pacelli classificou de "arbitrariedade" a investigação contra Pimentel. "Outra absolvição, que se soma ao soterramento da Operação Acrônimo, que nunca disse ao que veio, senão pelo rastro da arbitrariedade", afirmou.