iPhone já funciona no 5G? Precisa atualizar o software? Em que modelos estará disponível?
Para a rede 'pura', com maior velocidade de resposta, nova versão do sistema operacional só deve estar disponível em setembro
O 5G já chegou a doze capitais brasileiras, mas nem todos os consumidores conseguem aproveitar de imediato a rede de quinta geração em sua plena capacidade. Os usuários de iPhone que têm o modelo compatível com a tecnologia precisarão esperar até setembro para ter acesso ao 5G “puro” (5G standalone).
Isso porque o sistema operacional do iPhone precisará de uma atualização de software para então operar o 5G puro no país. Mas, enquanto isso não ocorre, já é possível acessar o 5G non standalone (NSA), com velocidade menor, mas experiência bem parecida para a maior parte dos usuários.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, se reuniu com executivos da Apple no início de agosto. O ministro indicou que a empresa se comprometeu a realizar até o fim do próximo mês a atualização necessária para que os iPhones possam funcionar com o 5G "puro".
O GLOBO consultou a Apple sobre essa necessidade de atualização do software, mas a fabricante não confirmou a informação. Na Apple, o iPhone 13, iPhone 12 e iPhone SE (3ª geração) são os modelos que têm estrutura para o 5G e são homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Os usuários desses modelos de iPhone residentes nas capitais em que já há 5G podem se conectar à nova rede na forma non standalone.
5G NSA x 5G SA: saiba a diferença
A versão 5G non standalone utiliza a frequência do 5G, mas com a infraestrutura dos servidores do 4G. Tanto as conexões NSA e SA têm velocidade de download que pode chegar a 1 gigabit por segundo.
O grande diferencial entre elas é latência (tempo entre o acionamento de um comando e a execução de uma tarefa): enquanto o 5G NSA tem um tempo de resposta de 30 milisegundos, o 5G SA fica entre 1 e 5 milisegundos.
Mas o 5G NSA já atende bem para aplicações simples do dia a dia, como a de acesso ao Netflix, Facebook ou Instagram, que tem sua velocidade definida pelo emissor do conteúdo, e não pelas operadoras.
Por outro lado, o 5G SA servirá principalmente para conectividade entre diferentes dispositivos para realização de funções críticas e que são muito sensíveis à latência, como o controle de carros autônomos ou cirurgias remotas. Pode ser importante também para o universo game em jogos de altíssima definição com vários usuários simultâneos.
Atenção às condições
No caso dos aparelhos Android, cujo sistema operacional pertence à Google e, segundo o ministério das Comunicações respondem por 90% do mercado, a companhia deixa a ativação do 5G SA a critério de cada fabricante dos aparelhos, como Samsung e Motorola. Veja nesta reportagem como saber se o 5G que aparece no seu aparelho é o 5G puro.
Além de se certificar sobre a compatibilidade do aparelho e de uma eventual necessidade de atualização de software do sistema operacional, o consumidor deve estar atento às condições da operadora de telefonia. Na Claro e na Vivo, a navegação em 5G SA requer que o cliente realize a troca de chip (sim card). Na TIM, não é preciso trocar o chip para acessar o 5G SA - basta o cliente ter um aparelho compatível