Ator de "As branquelas", Terry Crews detalha tratamento contra vício em pornografia: "Não é fácil"
Crews revelou que o vício em assistir a filmes de sexo explícito se tornou progressivamente pior porque ele tentou mantê-lo em segredo
Astro de comédias de sucesso, como a série "Todo mundo odeia o Chris" (2005-2009) e o filme "As branquelas" (2004), Terry Crews fez um desabafo, em entrevista a um podcast americano, ao detalhar o tratamento que se submeteu para superar um vício em pornografia.
"No começo não era fácil, por que eu ficava pensando: 'O que mais posso fazer?' Tive que, literalmente, escrever as coisas que eu poderia praticar ao invés de assistir pornografia", contou, dizendo que, "nos momentos de tédio", em que se via livre do trabalho e de tarefas domésticas, encontrava muita dificuldade para driblar o vício.
Crews revelou que o vício em assistir a filmes de sexo explícito se tornou progressivamente pior porque ele tentou mantê-lo em segredo, mesmo da mulher, a também atriz Rebecca King-Crews. Ele admitiu que o vício acabou prejudicou seu relacionamento.
"Pornografia é como enlouquecer dentro de uma farmácia. Você está como uma criança solta, pegando todo o tipo de coisa ali e pode ser seriamente danificado", afirmou Terry. As declarações foram feitas em entrevista ao projeto Fight The New Drug, canal do YouTube que aborda os perigos trazidos pelo consumo excessivo de pornografia.
"Quando eu era criança, passava ao largo de pornografia. Agora, você tem o computador aí, e as coisas que as pessoas têm acesso... Nossa, a gente passou a ter acesso ao que existe de mais violento, degradante hediondo e criminoso", ele se manifestou.
O tratamento com acompanhamento médico e psicológico incluía a elaboração de listas sobre o que fazer nos tempos livres, para que deixasse de consumir pornografia nesses momentos. "Era nesse nível de simplicidade. Dizia: 'ok, o que vou fazer agora?'. E aí eu ia ler um livro. E eu ficava ali no primeiro parágrafo, sofrendo", contou o americano de 54 anos.
O ator disse que quando percebeu que poderia dizer "não" ao vício sentiu algo poderoso. "Eu me lembro quando disse: 'Vou ler pelo menos o primeiro parágrafo de um livro'. E aí o segundo parágrafo era interessante. E eu fui para o terceiro parágrafo, e falei: 'Uau'. Na décima página, eu já tinha esquecido tudo aquilo que normalmente estaria fazendo", repassou.