Pernambuco registra 1º caso de varíola dos macacos em mulher; Estado segue sem transmissão loca
Casos confirmados laboratorialmente são de pessoas residentes no Recife, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Petrolina, Olinda e Surubim
O primeiro caso da varíola causada pelo monkeypox em uma mulher foi registrado oficialmente em Pernambuco, segundo a mais recente atualização feita pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Até então, todos haviam sido notificados em homens. O boletim indica que o Estado, que segue sem registrar transmissão local do vírus, tem 23 infecções confirmadas, sendo 22 em homens.
Os casos confirmados laboratorialmente são de pessoas residentes no Recife (15), Jaboatão dos Guararapes (4), Paulista (1), Petrolina (1), Olinda (1) e Surubim (1). A SES-PE informou que a mulher infectada pelo monkeypox tem entre 20 e 29 anos e reside na capital pernambucana. As faixas etárias são: 20 a 29 (11), 30 a 39 (8) e 40 a 49 (4). "Dos casos confirmados, todos estão em isolamento domiciliar", notificou a SES-PE.
O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs-PE), vinculado à Secretaria de Saúde, contabiliza, até o momento, 387 notificações, sendo 324 casos que ainda estão em investigação e 40 casos descartados, além dos 23 confirmados.
Os 324 casos que estão em investigação são de pessoas residentes nos municípios de Recife (62), Jaboatão dos Guararapes (35), Olinda (35), Paulista (20), Belo Jardim (11), Caruaru (11), Abreu e Lima (10), Carpina (9), Pesqueira (8), Cabo de Santo Agostinho (7), Limoeiro (7), Petrolina (7), Camaragibe (5), Paudalho (5), São José do Egito (5), Vitória de Santo Antão (5), Buíque (4), Ferreiros (4), Araripina (3), Floresta (3), Garanhuns (3), Jatobá (3), São Lourenço da Mata (3), Tabira (3), Tuparetama (3), Afogados da Ingazeira (2), Araçoiaba (2), Bom Jardim (2), Cabrobó (2), Itaquitinga (2), Machados (2), Nazaré da Mata (2), Serra Talhada (2), Alagoinha (1), Altinho (1), Arcoverde (1), Barreiros (1), Bezerros (1), Bodocó (1), Brejinho (1), Camocim de São Félix (1), Catende (1), Condado (1), Custódia (1), Fernando de Noronha (1), Gameleira (1), Granito (1), Gravatá (1), Igarassu (1), Ilha de Itamaracá (1), Ipojuca (1), Ipubi (1), Jucati (1), Lagoa Grande (1), Passira (1), Pedra (1), Pombos (1), Rio Formoso (1), Salgueiro (1), Santa Cruz do Capibaribe (1), Santa Maria do Cambucá (1), São João (1), São Vicente Ferrer (1), Tacaimbó (1), Tamandaré (1), Timbaúba (1), Toritama (1), Venturosa (1), Vertente do Lério (1) e Vertentes (1).
As faixas etárias são: 0 a 9 (44), 10 a 19 (53), 20 a 29 (78), 30 a 39 (55), 40 a 49 (46) e 50 a 59 (26) e 60 e mais (22), sendo 191 do sexo masculino e 133 do sexo feminino. Os casos notificados estão sendo acompanhados pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais.
Penitenciária
No início de agosto, a Secretaria de Saúde de Limoeiro, no Agreste, havia notificado ao Estado cinco casos suspeitos na Penitenciária Dr. Ênio Pessoa Guerra. O Estado descartou todos.
Secretário critica centralização de exames
O secretário estadual de Saúde, André Longo, criticou o governo federal ao citar a demora no diagnóstico da doença no Estado. Segundo ele, Pernambuco e outros estados do Nordeste estão cobrando ao Ministério da Saúde a descentralização dos kits com testes para que se consiga "realizar o diagnóstico da doença de forma mais rápida".
"Ainda estamos encaminhando os exames para o laboratório de referência nacional, no Rio de Janeiro, o que não é razoável. O Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco possui todo o maquinário necessário para processar os exames aqui mesmo no Estado, pois é feito nas mesmas máquinas que adquirimos para o diagnóstico da Covid-19. Mas, infelizmente, os kits para esse diagnóstico estão centralizados em poucos estados do país", afirmou o gestor, que completou: "É preciso que o governo federal descentralize o material e esperamos que isso ocorra até o final do mês".