Fundo americano RedBird anuncia compra do Milan por 1,2 bilhão de euros
New York Yankees, do qual empresa já é proprietária, terá participação minoritária
O fundo americano RedBird finalizou a aquisição do Milan por 1,2 bilhão de euros, segundo anúncio feito nesta quarta-feira (31). O clube italiano pertencia, desde 2018, ao Elliott Management, outro grupo dos Estados Unidos.
“O RedBird Capital Partners anunciou hoje que finalizou a aquisição da Associazione Calcio Milan por 1,2 bilhão de euros”, informou o clube, que tem sete títulos da Liga dos Campeões (sendo o segundo maior vencedor) e que em maio conquistou seu 19º título do Campeonato Italiano.
O time de beisebol New York Yankees, do qual o RedBird já é proprietário, terá uma participação minoritária, explica o comunicado.
“Apoiaremos nossos jogadores, treinadores e nossa talentosa comissão técnica para triunfar em campo”, declarou o fundador do RedBird, Gerry Cardinale, que pretende “manter o Milan no topo do futebol europeu e mundial”.
A venda do clube, que durante muito tempo foi propriedade do empresário e ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi (1986-2017), foi acordada com o Elliott Management no dia 1º de junho. O RedBird tem forte presença no mundo esportivo americano, mas também é ativo na Europa, através de uma participação minoritária no Liverpool e com o controle, desde 2020, do Toulouse, da França.
O grupo também está associado ao fundo californiano Main Street Advisors, dirigido pelo empresário Paul Wachter, e entre seus associados estão o astro do basquete LeBron James, o produtor musical Jimmy Iovine e o rapper Drake. Esta operação confirma o interesse de investidores norte-americanos pelo futebol da Itália. No país, mais de um terço dos clubes da Serie A na temporada passada tinham donos de EUA ou Canadá (Roma, Bologna, Fiorentina, Venezia, La Spezia, Genoa e parte da Atalanta).
Após uma década sem muito sucesso, o Milan recuperou seu brilho nos últimos anos e com o 'Scudetto' conquistado em maio, o primeiro do clube desde 2011.