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Reprovado por 97% dos votos do Conselho, balanço de 2021 do Santa Cruz tem passivo de R$ 222 milhões

Ex-presidente do clube, Joaquim Bezerra pode sofrer consequências administrativas e pessoais

Joaquim Bezerra, ex-presidente do Santa Cruz - Ed Machado/Folha de Pernambuco

O Conselho Deliberativo do Santa Cruz reprovou em reunião virtual na última quarta-feira (31), com 97% dos votos, o balanço financeiro do clube em 2021. As contas deveriam ter sido apresentadas e examinadas por um auditor independente há quatro meses, conforme determinado pela Lei Pelé. A informação é da jornalista Camila Sousa, do Globo Esporte.

O valor dos passivos era de R$ 218.750.008 em 2020, aumentando para R$ 222.785.361 no ano passado, sendo R$ 29.200.654 circulantes, e R$ 193.584.707 não circulantes.

Ainda de acordo com a Lei Pelé, o ex-presidente do Santa Cruz, Joaquim Bezerra, pode ser responsabilizado tanto administrativamente quanto no âmbito pessoal pelo atraso e reprovação das contas pelo colegiado, por estar à frente do clube de fevereiro de 2021 a março de 2022, quando renunciou.

Se comprovada a gestão temerária e o atraso da prestação das contas, Joaquim Bezerra pode ficar inelegível por dez anos de qualquer cargo do clube. A decisão em relação à punição além do âmbito estatutário do ex-dirigente ficará a cargo do atual presidente Antônio Luiz Neto, que recebeu ofício sobre o assunto do Conselho Deliberativo nesta quinta-feira (1).