Sarampo

Ministério da Saúde lança plano de ação para eliminar surto de sarampo em quatro estados

Brasil soma 44 casos confirmados em 2022, mostra último boletim da pasta. Foco está em Amapá, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo

Sintomas do sarampo - divulgação

O Ministério da Saúde quer eliminar o surto de sarampo em quatro estados, os únicos com casos confirmados em 2022, até novembro. São eles: Amapá, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo, que registram 44 diagnósticos neste ano. Por isso, a pasta publicou um plano de enfrentamento nesta sexta-feira.

As ações para interromper a transmissão devem se estender até novembro de 2023. Estados que não registraram casos nas últimas semanas serão monitorados.

Dados do último boletim epidemiológico do ministério apontam que o Amapá lidera o número de casos da doença no país, com 32 pacientes, o que representa 72,7% do total de diagnósticos. Já São Paulo tem oito diagnósticos. Rio de Janeiro e Pará confirma duas infecções cada. O Brasil não registrou mortes em 2022.

Ao todo, o país notificou 2.005 casos suspeitos neste ano, dos quais 1.666 foram descartados. Outros 295 seguem em investigação. Os números foram compilados durante as primeiras 29 semanas epidemiológicas, isto é, de 2 de janeiro até 4 de agosto.

O consenso médico é de que a melhor forma de prevenir o sarampo é por meio da imunização. Há a vacina tríplice viral, que também previne caxumba e rubéola, e a tetra viral, que inclui, ainda, a varicela (catapora). O esquema vacinal é de duas doses para pessoas de até 29 anos.

Como O Globo mostrou, a queda da cobertura vacinal em todo o país nos últimos seis anos coloca o Brasil em risco para o avanço de surtos de sarampo para outros estados. A pasta realiza até 9 de setembro a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação, que oferta os imunizantes contra a doença à população.

A transmissão do vírus ocorre, sobretudo, de pessoa para pessoa, por via respiratória: tosse, espirro, fala e respiração. Febre, tosse persistente, irritação ocular e secreção nasal são os principais sintomas, seguidos por manchas avermelhadas pelo corpo. Há risco de desenvolver infecção nos ouvidos, pneumonia, convulsões, lesão cerebral até levar à morte.

Além do Ministério da Saúde, as secretarias estaduais e municipais de Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) participação do plano. Cabe à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) atuar na logística e na cooperação técnica.