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UE anuncia acordo por outros 500 milhões em ajuda para Ucrânia

As partes decidiram também que a Ucrânia poderá solicitar acesso ao fundo de economia digital da UE para desenvolver capacitação e indústria de alta tecnologia

Conselho de Associação UE-Ucrânia - John Thys / AFP

A União Europeia (UE) assinou um acordo com a Ucrânia para a liberação de outros 500 milhões de euros (cerca de 497 milhões de dólares) para deslocados e apoio à agricultura, anunciou a Comissão Europeia, braço executivo do bloco, em nota nesta segunda-feira (5).

O anúncio do novo pacote foi feito ao mesmo tempo que uma reunião de altos dirigentes da Comissão e representantes do Conselho de Associação UE-Ucrânia, na qual participou o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal.

Em sua nota, a Comissão apontou que esses fundos serão destinados ao apoio à construção de moradias "e educação para deslocados internos (...) e suporte ao setor agrícola da Ucrânia".

Além deste pacote de ajuda, as partes decidiram também que a Ucrânia poderá solicitar acesso ao fundo de economia digital da UE para desenvolver capacitação e indústria de alta tecnologia.

A reunião do Conselho de Associação UE-Ucrânia nesta segunda-feira é a primeira desde que esse país - invadido pela Rússia em fevereiro - foi aceito como candidato formal para aderir ao bloco europeu.

O encontro busca promover a participação da Ucrânia nos programas da UE.

O governo da Ucrânia pediu que a adesão desse país à UE seja imediata, como forma de se proteger do avanço da Rússia sobre seu território.

Embora as instituições europeias e os países do bloco apoiem a Ucrânia, deixaram claro que a adesão ao bloco é um processo demorado que poderia levar mais de uma década.

Em declarações feitas em sua conta no Telegram para chegar à Comissão, Shmyhal disse que entre as prioridades de seu país "está a introdução de um embargo energético total contra a Rússia". 

"A Ucrânia tem os maiores reservatórios subterrâneos de armazenamento de gás e pode se tornar o cofre de gás da Europa", disse o funcionário, acrescentando que "depois de ganhar o status de país candidato, o governo pretende acelerar a integração no mercado de energia da União Europeia". 

Em Bruxelas, Shmyhal teve uma reunião com o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Maros Sefcovic, com quem discutiu "o fortalecimento das sanções contra a Rússia".