Acessibilidade

Escolinha de Arte do Recife inaugura exposição com audiodescrições de parte do seu acervo

A mostra "O retorno à concha" é fruto de um curso de formação de audiodescritores de artes visuais

Alunos da formação de audiodescritores - Divulgação

A Escolinha de Arte do Recife abre para visitações, desta segunda-feira (5) até 30 de setembro, a exposição "O retorno à concha". A mostra é fruto de um curso de formação de audiodescritores de artes visuais, realizado pela entidade com apoio da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

Exibindo as audiodescrições produzidas pelos alunos durante as aulas, a exposição provoca o observador a desapegar-se da necessidade dos aspectos visuais na apreciação das artes, aguçando suas experiências sensoriais auditivas. Os visitantes devem levar o celular com fone de ouvido para fazer a leitura das obras por meios de QRcodes.

Estão expostas 17 peças confeccionadas em materiais como barro, cerâmica, pinturas e xilos integram a mostra. Os objetos integram o acervo fixo da Escolinha de Arte do Recife e o processo de curadoria deles foi feito a partir da escolha individual de cada audiodescritor participante.
 

O título da mostra é uma referência à artista mineira Lygia Clark e sua série “Objetos sensoriais pedra e ar, diálogo de mãos, livro sensorial, respire comigo”. Neste trabalho, ela propõe um novo paradigma no mundo das artes estabelecendo uma relação entre as experiências sensoriais e as artes visuais, tendo a concha como um dos objetos utilizados na experimentação auditiva. 

A capacitação visou a formação de 17 audiodescritores de obras e objetos de arte para possibilitar a inclusão comunicacional, social e multicultural de pessoas com deficiência em museus, galerias e outras instituições culturais. A iniciativa, que foi viabilizada graças ao Sistema de Incentivo à Cultura (Sic) do Recife, contempla ainda a confecção de um catálogo virtual onde estarão listadas todas as obras apresentadas na mostra.

Serviço:

Exposição "O retorno à concha"
Visitas desta segunda-feira (5) a 30 de setembro; de segunda a sexta, das 14h às 17h
Na Escolinha de Arte do Recife (Rua do cupim, 124, Graças)