Portal dos Procurados divulga cartaz pedindo informações sobre irmã de Léo Moura, suspeita de golpes
Lívia da Silva Moura enganava as vítimas por meio de um site falso que imitava o do Rock in Rio. Estelionato virtual pode ter rendido R$ 500 mil
O Portal dos Procurados divulgou nesta terça-feira (6) um cartaz pedindo informações sobre o paradeiro de Lívia da Silva Moura, de 33 anos, irmã do ex-jogador do Flamengo Léo Moura. Ela é procurada desde a segunda-feira, quando foi realizada uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio (MPRJ) contra ela sobre venda de ingressos falsos para o Rock in Rio 2022, que começou na última sexta-feira (2).
As investigações estão a cargo da 16ª DP (Barra da Tijuca) após a organização do festival fazer a denúncia quando pessoas tentaram entrar no evento portando os ingressos falsos. Ela já é considerada uma foragida da Justiça. Para a polícia, o valor dos golpes pode chegar a R$ 500 mil.
Lívia foi a única com mandado de prisão emitido e agentes cumpriram um de busca e apreensão em seu apartamento na Freguesia, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, na manhã de segunda. Ela não foi encontrada no endereço. No local, foram encontrados ingressos verdadeiros e cópias falsificadas que traziam informações similares às dos originais, como número de série.
Neste ano, com os ingressos apenas em modelo digital, um e-mail de confirmação era enviado com o passo a passo para o resgate. Após muita insistência alguns receberam, no entanto, eram inválidos. As entradas teriam números verdadeiros, ação conseguida com a ajuda de funcionários do festival que integrariam o esquema.
O QR Code, no entanto, era inexistente. Com isso a catraca não liberava o acesso ao festival. Em ao menos um dia do fim de semana, 19 pessoas relataram terem comprado o ingresso pelo site falso após terem o acesso negado ao evento. Ao pagar pelas entradas, as vítimas, na verdade, faziam transações via Pix para a conta da suspeita.
Lívia é investigada em ao menos três delegacias do Rio por conta dos golpes envolvendo ingressos falsos para o Rock in Rio. Uma delas é a 13ª DP (Ipanema), onde uma vítima denunciou o caso após ter transferido R$ 20,8 mil via Pix para a conta de Lívia e sem nunca ter recebido as entradas. Segundo as investigações dessa unidade, outras vítimas foram identificadas e devem ser ouvidas pela polícia nos próximos dias. Com a operação, R$ 300 mil foram bloqueados das contas de Lívia.
Ela vai responder por estelionato no meio eletrônico, organização criminosa, falsificação de documentos particular e violação de direito autoral.
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