Inflação

Países da OCDE têm primeira queda de inflação em quase dois anos

Índice recuou para 10,2% em julho, com baixa nos preços de energia. Alimentos continuam pressionando o indicador

Economia - Pexels

A inflação caiu levemente em julho nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, espécie de clube dos ricos). O índice recuou para 10,2% em 12 meses, ante 10,3% em junho, com o recuo nos preços de energia em algumas nações do grupo. É a primeira queda desde novembro de 2020.

O declínio de preços, porém, não foi uniforme entre os países membros nem entre as categorias de produtos. A OCDE reúne 38 países. Apesar de um leve alívio no índice geral do grupo, o número de nações com inflação de dois dígitos cresceu: eram 13 em junho e passaram a 15 em julho.

Holanda e Colômbia foram os países que atravessaram a limite dos 10%. Turquia continua liderando o ranking, com inflação beirando os 80%. Entre as nações que tivera redução no índice de preços, puxando a média para baixo, estão EUA, Canadá e Alemanha. No Brasil, que não faz parte da OCDE, houve deflação em julho.

Os preços de energia desaceleram em 26 dos 38 países. Nos 12 meses encerrados em junho, os preços subiram 40,7%. No mês seguinte, a alta perdeu fôlego, para 35,3%. Mas é possível que as tarifas voltem a subir nas nações europeias da OCDE, com a ameaça russa de não retomar o fornecimento do gás a continente se as sanções não forem suspensas.

Em julho, os preços do petróleo deram um alívio, levando a reduções nos preços dos combustíveis inclusive no Brasil, um dos fatores que contribuiu para que o país tivesse índice negativo naquele mês.

Os alimentos, porém, não deram trégua nas nações da OCDE. Eles subiram 14,5% em 12 meses encerrados em julho, frente à alta de 13,% em junho.