Mariana Aydar se une a Lenine para entoar chamado sobre a Amazônia
"É o Fim do Mundo" faz um chamado musical pela Terra e por uma nova consciência social
Um encontro inédito entre Mariana Aydar e Lenine dão o tom a um chamado (urgente) em defesa da Amazônia. A cantora e compositora paulista lança nesta sexta-feira (9) “É o Fim do Mundo”, com feat do artista pernambucano e letra que evoca uma nova consciência social em relação ao planeta. A música foi composta por Aydar em parceria com o também artista da “terra dos altos coqueiros”, Barro, que junto aos também “da terra” Guilherme Assis e Márcio Arantes, assina a produção.
“Em março de 2020 estava presa em casa e comecei a pensar no que estava acontecendo, a pandemia, o absurdo político em que estamos inseridos, o medo. Eu estava no fim do mundo, mas precisava fazer alguma coisa, vieram as primeiras frases e melodias. Senti um chamado forte e espiritual para olhar para isso, pensar em como frear esse processo de sacrificar o planeta e efetivamente modificar o sistema corrompido que vivemos. Ressignificar tudo isso e assumir uma mudança individual e coletiva, com responsabilidade em relação à natureza, aos direitos humanos e às corrupções, inclusive as nossas.“, explica Mariana.
Como convidado para somar ao lado de Mariana Aydar, Lenine invoca suas forças para fortalecer o coro nesta missão.
“Mariana, que conheço há tanto tempo, é uma grande intérprete e uma pessoa muito especial. Já a conheço como cantora, que tem uma solidez como artista, e que agora me fez esse convite lindo e carinhoso para cantar uma composição dela. É uma canção que tem essa atitude de manifesto, que no estúdio ficou muito evidente. Então minha participação também foi exercitar uma atitude mais imperativa, mais incisiva. Foi lindo, maravilhoso participar desta música.“ declara.
“É o Fim do Mundo” traz sonoridades diversas da música nordestina, acolchoada com samples de rabeca e pífano e da levada do coco incorporados num beat universal. A música começa com delicadeza das cordas do violão, arranjos de sopro de Henrique Albino, texturas de sintetizadores, samples e alguns beats trip hop, e vai crescendo, assim como a letra, ganhando corpo, força e dramaticidade.
E é no refrão que a narrativa e sonoridade atingem a explosão nos versos de apelo político e social na luta ambiental: “Chega de mentir. Chega de enganar. Chega de ruir o nosso planeta. Chega de extorquir. Chega de matar”.