Morre Elizabeth II, a rainha do Reino Unido há mais tempo no trono
Rainha estava com 96 anos de idade
Elizabeth II, a rainha do Reino Unido há mais tempo no trono, morreu aos 96 anos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (8). No dia 5 de junho deste ano, o Reino Unido comemorou 70 anos de reinado de Elizabeth II, sendo o maior da história da nação insular.
Nascida no dia 21 de abril de 1926, Londres, na Inglaterra, a monarca assumiu o trono em 6 de fevereiro de 1952, aos 25 anos, sendo a sexta mulher a ascender ao trono britânico.
"A rainha faleceu pacificamente em Balmoral esta tarde. O rei e a rainha consorte permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã", informou o Palácio de Buckingham em comunicado, um anúncio recebido com enorme emoção no Reino Unido, onde Elizabeth II era muito popular.
Elizabeth casou-se com com Philip, duque de Edimburgo, em 1947, com quem teve quatro filhos: Charles, príncipe de Gales; Anne, princesa real; Andrew, duque de York; e Edward, conde de Wessex. A rainha deixa oito netos e 12 bisnetos.
Elizabeth Alexandra Mary, como foi batizada, recebeu esse nome por causa da sua mãe, que também se chama Elizabeth, e que ficou conhecida como “rainha-mãe”, falecida em 2002, aos 101 anos.
O título oficial de Elizabeth II é “Elizabeth II, pela Graça de Deus, do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte e Rainha de seus outros Reinos e Territórios, Chefe da Commonwealth e Defensora da Fé”.
O monarca se tornou herdeira do trono quando o tio, Edward VII, abdicou do trono, decisão que tornou o irmão, o pai da atual rainha, rei do Reino Unido. Elizabeth II, como primeira filha do casal, tornou-se a próxima na linha de sucessão, ainda em 1936.
Elizabeth foi a primeira das crianças da família real a ser batizada na capela do Palácio de Buckingham, quando usou um vestido de renda que havia sido usado pela sua mãe.
No dia 12 de maio 1937, presenciou seus pais serem coroados, com isso ela fez história por ser a primeira mulher que, sendo herdeira presuntiva, viu seus pais coroados. Dois anos depois, com o início da Segunda Guerra Mundial, ela recebeu treinamento de sobrevivência, assim como todas as garotas na sua idade.
Em abril de 1942, a então princesa fez sua estreia pública oficial com uma revista do 500º Regimento de Guardas de Granadeiros no Palácio de Windsor. Já em 1944, ela foi nomeada membro do Conselho Privado e do Conselho de Estado, significando que poderia assumir as funções do seu pai, o rei Edward VII, durante sua ausência do país.
Em 10 de julho de 1947, aos 21 anos, seu noivado com o tenente da Marinha britânica o príncipe Philip da Grécia foi anunciado por seus pais. O casamento aconteceu mais tarde, no mesmo ano, em 20 de novembro, dando ao marido dela o título de “Sua Alteza Real o príncipe Philip, o duque de Edimburgo”, e ela recebeu o título de “Duquesa de Edimburgo”.
Dez anos depois, a rainha Elizabeth II visitou os Estados Unidos pela primeira vez e fez seu primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, o que só aconteceria novamente em 2010, 53 anos depois.
No ano passado, Elizabeth II perdeu o marido, quando ele morreu aos 99 anos após ser submetido a uma cirurgia por problemas cardíacos. Assim como ela, Philip também havia batido recordes por ter tido o maior reinado na história da monarquia britânica, além de ter sido o homem mais velho da história da família real.
Nos últimos meses, a rainha vinha preocupando quem a acompanhava por causa de problemas de saúde, que a fizeram cancelar seu presença em vários eventos que participaria, incluindo a missa do jubileu que comemorou as sete décadas do seu reinado.
Nesta semana, a rainha deu posse, na terça-feira (6), a Liz Truss como primeira-ministra. A cerimônia protocolar de apenas meia hora oncorreu já no palácio de Balmoral.
Na manhã desta quinta (8) o canal oficial da família real informou que os médicos da monarca estavam preocupados com seu estado de saúde, o que levou seus familiares mais próximos a viajarem para a Escócia, para ficar junto da rainha nos seus últimos momentos.