RIO DE JANEIRO

Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle e Anderson, é condenado por comércio ilegal de armas

Pena passa de 13 anos de prisão

Ronnie Lessa (esq), acusado de matar vereadora Marielle Franco - Reprodução

Preso acusado de ter matado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, o policial militar reformado Ronnie Lessa foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão por comércio ilegal de armas. A decisão é da juíza Alessandra Bilac, da 40ª Vara Criminal. O processo que gerou a condenação tratou da apreensão de 117 peças de fuzis que Lessa escondia no apartamento de seu amigo Alexandre Motta de Souza, que foi absolvido no processo.

Na sua decisão a juíza Alessandra Bilac escreve que Ronnie Lessa "possuía em depósito inúmeras peças aptas a montar pelo menos 117 fuzis, além de acessórios exclusivos para armas de fogo de grosso calibre, em desacordo com a determinação legal (...) trazendo grande temor e insegurança social para nosso Estado, já tão afetado pela atuação da milícia e do narcotráfico, principais destinatários dos objetos arrecadados".

Em agosto, O Globo mostrou que Alexandre Motta de Souza que chegou a ser preso por guardar os fuzis incompletos de Lessa e foi acusado de ser laranja do policial estava na lista com mais 27 mil funcionários fantasmas do Centro de Estudos e Pesquisas do Estado (Ceperj) que fizeram saques na boca do caixa. Alexandre fez dois saques, um em junho e outro em julho, no total de R$ 5.738,80.

Em nota, a assessoria de imprensa do governo do Estado afirmou que Alexandre Motta de Souza não é servidor do estado e nem funcionário da Fundação Ceperj, "já que o contrato com a Fundação diz respeito a uma prestação de serviços, sem qualquer tipo de vínculo empregatício". A nota diz ainda que "as pessoas que realizaram atividades foram selecionadas por meio de um processo seletivo simplificado."