Grande Recife registra deflação pelo segundo mês seguido e tem menor inflação do País em agosto
Região Metropolitana do Recife teve uma queda de 1,4% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
O Grande Recife registrou uma deflação pelo segundo mês seguido por conta da queda de 1,4% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Divulgado nesta sexta-feira, o indicador do Recife foi a menor retração entre as 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas. A queda foi ainda maior em relação a julho (-0,42%).
Apesar da deflação, no acumulado do ano, a Região Metropolitana do Recife (RMR) obteve uma inflação de 3,94%, a sétima menor entre os locais pesquisados e estando abaixo da média nacional que foi de 4,39%. No acumulado dos últimos 12 meses, a RMR ficou na nona posição, com avanço de 8,43%, também inferior à média brasileira (8,73%).
Um dos motivos para a queda acentuada na inflação do Recife, foi por conta da redução no preço dos combustíveis e da energia elétrica. Houve uma queda de 16,23% no valor da gasolina, item com o maior impacto individual no IPCA. Em 28 de julho, também houve uma redução de 14,41% no setor de energia elétrica, ocasionado pela retirada dos valores cobrados pelos serviços de transmissão e distribuição da base de cálculo do ICMS.
No Grande Recife, dos nove grupos de produtos e serviços, quatro apresentaram queda em agosto na comparação com o mês anterior: Transportes (-5,78%), Habitação (-4,63%), Comunicação (-2,08%) e Educação (0,01%), com índices próximos à estabilidade. No caso de Comunicação, a queda foi puxada pela redução do ICMS nos planos de telefonia, o que levou a uma redução de 10,82% nos preços do plano de telefonia fixa e de 5,16% nos planos de telefonia móvel.
Segundo a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, um dos pontos que chamou a atenção foi quanto ao aumento sem tanta expressão do grupo de alimentos.
“O indicador mostrou a maior deflação do País. Com isso, ele confirma a tendência do mês de julho por conta da redução do ICMS dos combustíveis, energia elétrica e comunicação. O grupo de alimentação que apresentou altas expressivas nos últimos meses, cresceu menos em agosto, sendo ainda responsável por 8 dos 10 produtos que mais cresceram no período”, avaliou.
Por outro lado, Saúde e cuidados pessoais (1,39%) tiveram a maior alta do IPCA para agosto. Na sequência, estão Alimentação e bebidas (0,85%), Despesas pessoais (0,72%), Vestuário (0,66%) e Artigos de residência (0,47%).
Os cinco produtos ou serviços com maior aumento no IPCA do Grande Recife foram o melão (19,21%), o leite longa vida (13,25%), a cebola (10,75%), o mamão (9,77%) e a melancia (6,94%). Entre os cinco produtos/serviços com maior percentual de redução no preço, estão o tomate (-19,83%), as passagens aéreas (-16,84%), a gasolina (-16,23%), a energia elétrica residencial (-14,41%) e etanol (-11,7%).