"Não treino pra ficar no banco", diz Jean Carlos sobre titularidade no Náutico
Camisa 10 perdeu espaço na equipe que começou jogo contra o Brusque, mas foi vital para gol da vitória
A temporada de 2022 não foi a melhor para Jean Carlos. Somando Pernambucano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série B, o camisa 10 do Náutico marcou sete gols e deu apenas três assistências - seu pior desempenho nos últimos três anos vestindo a camisa alvirrubra.
Agravando a situação, o meia esteve fora de três entre as sete vitórias do Timbu no Brasileiro, onde a equipe tem a pior atuação no ano, o que acabou colocando em cheque o espaço de Jean Carlos na equipe titular tanto sob o comando do ex-treinador Elano Blumer, quanto do atual, Dado Cavalcanti.
Na época da demissão de Elano, Jean Carlos chegou a comentar sua insatisfação com ter ficado no banco, mas disse que respeitava a decisão do técnico - palavras mais uma vez ditas pelo atleta, dessa vez em coletiva de imprensa concedida nesta terça-feira (13), em semana de jogo decisivo contra o Vasco, no São Januário, na sexta (16).
“Jogador tem que estar sempre jogando. A partir do momento que você aceita ficar no banco, não fica nem concentrado. Então, não aceito. Em todos os lugares que passei, nunca aceitei. Mas tem uma diferença em não aceitar e respeitar. Temos um comandante, estamos em um momento muito difícil, apesar das duas vitórias. Ainda estamos em último. Precisamos nesse momento nos ajudar. Isso não quer dizer que existe algum problema entre mim e Dado, ou dentro do grupo. Pelo contrário, nosso grupo se dá muito bem”, esclareceu o atleta.
“Dado é uma pessoa que ganhou nosso respeito por ter aceitado vir pro clube na situação que a gente estava. Como eu disse, não quero ficar no banco, não treino pra ficar no banco. Mas entendi o momento, a opção dele pelos jogadores que começaram, e isso a gente tem que respeitar também, os atletas que vão jogar. Fiquei no banco esperando o momento”, complementou.
Na vitória contra o Brusque, Jean Carlos teve participação decisiva. Substituindo o camisa 9 Kieza, o meia deu a assistência que Geuvânio precisava para balançar a rede e conquistar a segunda vitória seguida para o Náutico.
“O momento é de pensar só em vencer, a gente precisa pontuar. Questão de protagonismo ou não, de quem vai fazer gol ou não, não importa. É óbvio que vou estar sempre brigando pra fazer gol, pra poder colaborar. Mas quem ganha sempre é o clube. O momento é da gente se abraçar, muito difícil ainda, mas podemos, ainda dá tempo. Essas duas vitórias nos deram um respiro, uma confiança a mais. Mas a gente ainda precisa de muito”, disse.
Ainda em último lugar na Série B, a sequência de vitórias deixou o Náutico ainda mais perto de deixar a zona de rebaixamento. Com uma vitória sobre a equipe carioca, o Timbu pode terminar a rodada fora da lanterna, e voltando à competitividade na briga pela permanência.
“Todos os jogos têm sido decisivos, porque estamos em último lugar. Independente de com quem vamos jogar, temos que pontuar. Sabemos que o Vasco está brigando para subir, é um jogo fora da nossa casa, estádio empurrando eles. Mas sabemos do nosso trabalho. Vamos pra pontuar. Difícil demais, como vem sendo todos os jogos. Jogando bonito ou feio, precisamos pontuar, e é isso que vamos estar fazendo no Rio de Janeiro”.