França limitará os custos do gás e eletricidade a 15% em 2023
Os limites serão aplicados aos consumidores domésticos e pequenas empresas
O governo francês vai limitar o aumento previsível dos preços do gás natural e eletricidade a um máximo de 15% a partir do ano que vem. A medida ampliará o controle de preços já implementado após a ofensiva russa na Ucrânia, disse nesta quarta-feira (14) a primeira-ministra Elisabeth Borne.
Os limites serão aplicados aos consumidores domésticos e pequenas empresas.
Além disso, serão distribuídos os chamados "cheques de energia" de 100 e 200 euros, um valor próximo em dólar, para aproximadamente 12 milhões de famílias de baixa renda para ajudá-las a pagar as contas de aquecimento no inverno, disse Borne em uma entrevista coletiva.
Os limites introduzidos neste ano já impediram a subida dos preços domésticos de eletricidade a 4% e fixaram os preços do gás nos níveis de outubro de 2021, o que contribuiu para uma inflação menor na França em comparação com os países europeus vizinhos.
"Desde o início, tomamos medidas fortes para proteger os franceses. Mas todo mundo sabe, e temos que dizer com transparência, que essas medidas têm um custo para nossas finanças públicas", disse Borne para justificar o aumento de preços.
No total, as medidas para o próximo ano vão custar 16 bilhões de euros, disse o ministro da Economia Bruno Le Maire, dos quais 11 bilhões vão para o gás e cinco bilhões para eletricidade.
Borne afirmou que "só a moderação (do consumo energético) e a solidariedade europeia nos permitirão evitar os cortes e o racionamento nos piores cenários, como um inverno particularmente frio combinado com problemas de abastecimento".