Futebol

Náutico e Sport buscam triunfos fora de casa para atingirem objetivos na Série B

Timbu luta contra o rebaixamento à Série C, enquanto o Leão sonha com o acesso à Série A

Jean Carlos, meia do Náutico - Tiago Caldas/CNC

Recentemente, Sport e Náutico comemoraram vitórias importantes. O Leão bateu o Bahia e se aproximou do G4 da Série B do Campeonato Brasileiro. O Timbu derrotou o Brusque e diminuiu a diferença para deixar a zona de rebaixamento. Ambos duelos no Recife. Passada a euforia, os pernambucanos já começaram a coçar a cabeça. Afinal, os próximos compromissos serão fora de casa. Jogar como visitante, tanta para rubro-negros como para alvirrubros, tem sido um calo nas pretensões da temporada. Seja para subir ou para evitar cair.

O Sport tem apenas uma vitória como visitante em toda a Série B, conquistada há mais de quatro meses, diante da Chapecoense, no dia 13 de maio, na Arena Condá. De lá para cá, foram 11 duelos longe de seus domínios, com sete derrotas e quatro empates. Ao todo, o time já perdeu oito vezes fora do Recife, além de seis resultados de igualdade. Um aproveitamento de 20%. O Leão tem o quinto pior desempenho no quesito.

Na sexta posição, com 43 pontos, o Sport tem dois a menos que o Vasco, quarto e primeiro integrante do G4. O próximo adversário do Leão é o Grêmio, na próxima terça (20), no Rio Grande do Sul. "Precisamos vencer fora de casa para gerar confiança e conseguir o acesso. Mesmo sem ser tão dominante, temos de trazer os três pontos de Porto Alegre”, reforçou o técnico Claudinei Oliveira.

No lado alvirrubro, o drama é parecido. O Náutico só tem duas vitórias como visitante. No mais, são dois empates e 10 derrotas. O terceiro pior aproveitamento (19%). Sem vencer há nove jogos longe do Recife (desde o 2x1 contra o Brusque, no dia 4 de junho), o Timbu terá pela frente o Vasco, sexta (16), em São Januário.  

"Esperamos engatar uma sequência positiva. Sabemos que é difícil jogar lá em São Januário, mas eles vão enfrentar uma equipe que apresentará dificuldades", frisou o técnico alvirrubro, Dado Cavalcanti.

Diferencial nas metas

Melhorar o desempenho como visitante pode ser o diferencial entre lamentar um rebaixamento, no caso do Náutico, ou se frustrar por não conseguir o acesso, a exemplo da situação do Sport. 

O Náutico é o lanterna, com 27 pontos. De acordo com o site “Chances de Gol”, um clube que alcançar os 45 terá 99% de probabilidade de permanecer. Aos alvirrubros, faltam 18 pontos (seis vitórias) de 27 em disputa, necessitando de um desempenho de 66,6%. Como só tem mais quatro jogos em casa (12 pontos podem ser obtidos, no máximo), também seria preciso pontuar longe dos domínios. Fora de casa, a equipe ainda enfrentará, depois dos cariocas, Sport, Criciúma, Novorizontino e Chapecoense. 

Estima-se que, com 64 pontos, a tendência de alcançar o acesso é de 97%. O Sport, com 43, precisaria de mais 21 (sete vitórias). Porém, a julgar pela situação atual da tabela, a margem para obter a vaga no G4 deve ser menor, girando em torno dos 60 pontos. Até o fim da temporada, o Leão pegará fora de casa, além do Grêmio, as equipes de Brusque, Londrina e Vila Nova.