Justiça determina realização da eleição presidencial da FPF no domingo (18) e em novo local
A pedido do América, TJ-PE havia suspendido processo eleitoral na última terça-feira (13)
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou ontem que a eleição presidencial da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) seja realizada neste domingo. Antes programada para ocorrer na sede do Retrô, em Camaragibe, agora a votação vai acontecer no Centro de Eventos Recife, prédio da Faculdade Pernambucana de Saúde, que fica na Av. Mascarenhas de Moraes, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul da Capital Pernambucana.
Na última terça (13) o desembargador Agenor Ferreira Filho, da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, havia acatado o pedido do América para que a eleição fosse suspensa. No novo documento, o desembargador explicou as razões para reconsiderar a decisão. Entre os pontos mencionados, está a indicação da comissão eleitoral, um dos pontos reclamados pela oposição.
A chapa ”Construindo pontes para o fortalecimento do futebol pernambucano”, encabeçada pelo candidato à presidência da FPF, Alexandre Mirinda, foi impugnada pela comissão eleitoral. A razão indicada para tirar o grupo do pleito foi uma “duplicidade de assinaturas” de clubes tanto na chapa da oposição como da situação, sendo esta tendo o atual mandatário da entidade, Evandro Carvalho, à frente. Como o grupo que comanda a federação fez a inscrição antes do bloco de Mirinda, a comissão considerou válida apenas a primeira subscrição.
Em nota, Mirinda criticou a postura da Federação. A oposição pretende entrar com um recurso para reverter a decisão. Confiamos no poder judiciário, confiamos na justiça do Estado. Queremos uma eleição limpa, democrática e que faça valer o desejo da maioria dos clubes e ligas que desejam mudança no futebol pernambucano.
A Folha de Pernambuco tentou contato com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, da chapa “Compromisso com a Modernidade”, mas não obteve retorno. Mais cedo, o mandatário já havia se defendido das acusações de que a comissão eleitoral que cuida do pleito era “parcial”, por ter sido indicada por ele.
"A única pessoa que eu escolhi foi o presidente da comissão, que é o Procurador do Ministério Público. Ele que indicou os outros. Tem representante do direito desportivo da OAB, do Tribunal de Justiça. Tem dois deles que eu nem conheço. É uma coisa normal”, disse.