Conflito na Ucrânia

México proporá na ONU acordo pelo fim da guerra na Ucrânia e trégua mundial

Iniciativa será apresentada durante assembleia marcada para a próxima semana

Presidente Andrés Manuel López Obrador - Rodrigo Arangua / AFP

O México proporá na Assembleia Geral da ONU a formação de um comitê de paz para conseguir o fim das hostilidades entre Rússia e Ucrânia, bem como uma trégua mundial de cinco anos, anunciou nesta sexta-feira (16) o presidente Andrés Manuel López Obrador.

Trata-se de buscar com urgência um acordo para deter a guerra na Ucrânia e conseguir daqui em diante uma trégua de no mínimo cinco anos a favor da paz entre todas as nações, disse o presidente em discurso oficial pela comemoração da festa nacional do México.

A iniciativa, que será apresentada durante a assembleia na semana que vem pelo chanceler Marcelo Ebrard, propõe formar um comitê para o diálogo e a paz integrado, "se for aceito e houver vontade", pelo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o papa Francisco e o secretário-geral da ONU, António Guterres, detalhou López Obrador.

A missão pacificadora deve buscar o cessar imediato das hostilidades na Ucrânia e o início de diálogos diretos com o presidente (Volodímir) Zelensky, da Ucrânia, e com o presidente (Vladimir) Putin, da Rússia, informou o presidente.

Além disso, buscaria um acordo multilateral para pactuar uma trégua dfe pelo menos cinco anos, que seja aprovada por unanimidade no Conselho de Segurança da ONU - do qual o México é membro não permanente entre 2021 e 2022 - e que implique em suspender imediatamente "ações e provocações militares, assim como testes nucleares e de mísseis", acrescentou.

A trégua permitiria "dedicar todo o esforço dos governos a atender os dilacerantes problemas de pobreza, saúde e violência sofridos" mundialmente e "fazer frente ao fenômeno migratório de uma forma humanitária e fraterna", propôs López Obrador.

O presidente criticou a atuação da ONU no conflito, alegando que "permanece inativa" e "presa de um formalismo e uma ineficácia política que a deixam em um papel meramente ornamental".