Argentina

FMI está prestes a liberar US$ 3,9 bilhões para a Argentina

O Fundo aprovou em 25 de março um programa de ajuda para a Argentina

Sede do FMI em Washington, nos Estados Unidos - AFP

Técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Argentina chegaram a um acordo sobre a segunda revisão do programa econômico do país sul-americano, abrindo o caminho para que Buenos Aires receba cerca de 3,9 bilhões de dólares, informou a entidade nesta segunda-feira (19). 

O acordo técnico agora será analisado pela diretoria do FMI "nas próximas semanas", disse o FMI. 

O Fundo aprovou em 25 de março um programa de ajuda para a Argentina no total de 44 bilhões de dólares a 30 meses. 

"O exame se concentrou na atualização do marco macroeconômico e nas medidas implementadas para reforçar sua estabilidade e permitir um crescimento duradouro e inclusivo. Neste contexto, combinou-se que os objetivos previstos durante a negociação do plano permanecessem inalterados para 2023", declarou, por sua vez, o chefe da missão para a Argentina, Luis Cubeddu, citado em nota. 

Embora o Fundo admita uma revolução no contexto econômico mundial, destaca que "a pressão do mercado está se dissipando e as previsões de crescimento permanecem inalteradas". 

A Argentina viveu duas trocas de ministros da Economia nos últimos meses, uma pasta que agora é encarregada de Sergio Massa, que no último 12 de setembro foi ao FMI para se reunir com a diretora-gerente, Kristalina Georgieva.  

"A maior parte dos objetivos do programa previstos para 2022 foi cumprida, devido a um aumento das importações", afirmou Cubeddu.  

A Argentina se comprometeu com o FMI a aumentar suas reservas internacionais e reduzir o déficit fiscal, de 3% do Produto Interno Bruto em 2021 a 2,5% este ano, 1,9% em 2023 e 0,9% em 2024. 

Trata-se do décimo terceiro acordo entre o FMI e a Argentina desde o retorno do país à democracia em 1983.  

O acordo prevê um reembolso apenas de 2026 a 2034, se para então a Argentina cumprir os objetivos, um dos quais é fixar seu crescimento sustentado no longo prazo (após os 10,3% de 2021).