Putin defende sua política "soberana" antes da Assembleia Geral da ONU
Nenhuma mensagem do chefe de Estado russo está prevista na Assembleia Geral deste ano
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu, nesta terça-feira (20), continuar sua política externa "soberana" e denunciou a vontade de busca de "hegemonia" dos Estados Unidos antes da Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada este ano pela ofensiva de Moscou na Ucrânia.
Putin enviou seu ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, para Nova York, e nenhuma mensagem do chefe de Estado russo está prevista na Assembleia Geral deste ano.
Durante a cerimônia de acreditação os novos embaixadores em Moscou nesta terça, Putin fez um discurso que poderia ter ocupado seu lugar na 77ª edição da Assembleia: "Infelizmente, o desenvolvimento para a multipolaridade encontra resistência daqueles que se esforçam para manter um papel hegemônico nos assuntos mundiais e procuram controlar tudo: América Latina, Europa, Ásia e África".
"É preciso dizer claramente: os que estão em posição de hegemonia estão muito bem há muito tempo, mas isso não pode continuar assim para sempre. Isso é impossível", acrescentou.
"Nós, Rússia, não nos desviaremos do nosso caminho soberano. Como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, temos a intenção de continuar promovendo uma agenda internacional unificadora e contribuir para a solução de graves crises regionais", acrescentou.