Planos de previdência complementar vão estar em debate, nesta sexta-feira (23)
Os palestrantes vão falar sobre as vantagens e desvantagens desses planos, o que saber antes de aderir e quais as principais preocupações que se deve ter.
Os planos de previdência complementar fechados vão estar em debate nesta sexta-feira (23), às 10h30, no Sindicato dos Bancários de Pernambuco, na Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife. Criados para garantir aposentadorias melhores, alguns planos suplementares vêm adotando políticas que estão desagradando os beneficiários. E os palestrantes vão falar sobre as vantagens e desvantagens desses planos, o que saber antes de aderir e quais as principais preocupações que se deve ter.
Participarão do evento Maria do Carmo Calado, do Conselho Fiscal da Bandeprev, Marcelo Barros, Presidente da Associação Nacional dos Participantes de Previdência Complementar e de Autogestão em Saúde - Anapar, Reginaldo Dias, Presidente da Associação dos Funcionários Aposentados do Bandepe, e João Rufino, do Sindicato dos Bancários.
No caso da Bandeprev, a caixa de previdência do Bandepe (banco que pertencia ao Governo de Pernambuco e que foi privatizado em 1998), que estará em discussão no debate, a briga já está na justiça, nas redes sociais e até nas ruas em protestos públicos. Uma das questões mais problemáticas é a falta de autonomia e participação dos beneficiários na gestão do fundo. O Bandeprev é controlado pelo banco espanhol Santander.
Os aposentados do movimento Unidos pela Bandeprev alegam que o banco, de 2021 para cá, transferiu de Pernambuco para São Paulo toda a gestão financeira do fundo, mudou o estatuto e, com isso, eliminou a diretoria eleita, retirou a paridade nos conselhos deliberativo e fiscal e ainda se permitiu escolher pessoas que não são inscritas no Plano de Benefícios para fazerem parte dos Órgãos Estatutários, regra vedada no antigo estatuto.
As iniciativas estão causando revolta nos beneficiários do fundo de pensão do extinto Banco do Estado de Pernambuco - Bandepe, que chegou a ter mais de seis mil funcionários. Com as mudanças no estatuto, eles alegam que perdem a participação não só nas decisões, mas na fiscalização da gerência dos ativos.
O sistema de previdência complementar no Brasil tem apresentado crescimento com novas adesões de participantes e contribuições financeiras por conta da última reforma da previdência social (EC nº 103, de 2019) que obrigou União, estados, municípios e o Distrito Federal, que já tinham o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) para os servidores públicos civis, a criarem o Regime de Previdência Complementar (RPC). O potencial, a princípio, é de mais de 1,2 milhão de novos participantes com arrecadação previdenciária anual de R$ 13 bilhões.