crise energética

Reino Unido calcula em US$ 67 bilhões o custo da ajuda energética por seis meses

Como parte de seu plano para estimular a economia britânica, o ministro de finanças anunciou o fim de um limite de 200% do salário anual aos bônus para os executivos de bancos

Kwasi Kwarteng, cita plano de orçamento anti-inflação na Câmara dos Comuns em Londres - Handout / PRU / AFP

O ministro das Finanças do Reino Unido, Kwasi Kwarteng, afirmou nesta sexta-feira (23) que custará 60 bilhões de libras (67 bilhões de dólares) para o orçamento governamental o período de seis meses de ajudas energéticas anunciadas para os cidadãos e as empresas.

"Com base nos preços recentes (da energia nos mercados), o custo total do pacote energético para os seis meses a partir de outubro deve ser de 60 bilhões de libras, em particular para congelar as contas das residências", anunciou Kwarteng ao apresentar o orçamento no Parlamento britânico.

Como parte de seu plano para estimular a economia britânica, o ministro anunciou o fim de um limite aos bônus para os executivos de bancos, de 200% do salário anual até o momento, e a redução do percentual máximo do imposto sobre os lucros.

"Precisamos que os bancos internacionais criem empregos aqui (...) e paguem impostos aqui em Londres, e não em Paris, Frankfurt ou Nova York", afirmou, ao encerrar uma regra herdada da União europeia.

Pouco depois de assumir o cargo no início de setembro, a nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, anunciou um pacote de medidas para enfrentar a crise energética, incluindo o congelamento de preços durante dois anos para as residências.

A chefe de Governo e o novo ministro das Finanças garantiram que, apesar do custo, esta política trará "benefícios substanciais" para uma economia britânica à beira da recessão, com uma inflação próxima de 10%, o maior nível em 40 anos.