Despedida de Federer acontece em jogo de duplas com Nadal na Laver Cup; veja onde assistir
As duas lendas do tênis foram rivais nas quadras durante quase 20 anos
Rivais durante quase 20 anos, Roger Federer e Rafael Nadal jogam juntos nesta sexta-feira (23), às 14h, em um "inesquecível" jogo de duplas em Londres, um momento que entrará para a história do tênis e que dará ponto final à brilhante carreira do suíço.
Federer, de 41 anos, vencedor de 20 Grand Slams, anunciou na semana passada sua aposentadoria, já que não conseguiu se recuperar após várias cirurgias no joelho.
Ele gostaria de jogar uma última vez em Wimbledon, torneio que ganhou oito vezes, mas sua condição física não permitiu. Então, ele vai se despedir na Laver Cup, competição que ele mesmo ajudou a criar.
E fará isso como do jeito que deseja: um jogo de duplas ao lado de seu rival e amigo de longa data, Nadal, representando a Equipe Europa, contra os americanos Jack Sock e Frances Tiafoe, pela Equipe Mundo.
Depois de "todas as coisas incríveis que dividimos dentro e fora das quadras" durante quase 20 anos, "fazer parte deste momento histórico será algo inesquecível para mim", afirmou nesta quinta-feira o espanhol em entrevista coletiva em Londres.
De sexta a domingo, Federer, Nadal, Novak Djokovic, Andy Murray, Stefanos Tsitsipas, Casper Ruud e Matteo Berrettini enfrentarão Sock, Tiafoe, Diego Schwartzman, Alex de Miñaur, Taylor Fritz e Felix Auger-Aliassime.
Eles serão capitaneados por Björn Borg e John McEnroe, respectivamente.
Em edições anteriores, o time europeu sempre venceu. Mas nesta ocasião todas as atenções estão voltadas para a despedida do suíço.
Onde assistir a despedida de Federer:
ESPN (TV fechada) e Star+ (streaming).
- 'Big 3' perde Federer -
Nadal elogiou "um dos jogadores mais importantes, se não o mais mais importante" que já enfrentou, "que se despede depois de uma longa e grande carreira".
Ele e Federer se enfrentaram 40 vezes (24 vitórias do espanhol contra 16 do suíço), com alguns dos duelos lendários que construíram uma das maiores rivalidades da história do tênis.
Sobre seus companheiros, Federer afirmou estar feliz por "tê-los agora em minha equipe e não jogar contra eles", especialmente depois de mais de um ano fora do circuito.
A última vez que jogou um torneio profissional foi na edição 2021 de Wimbledon, antes de ter que passar por sua terceira cirurgia no joelho.
Com 22 e 21 títulos de Grand Slam respectivamente, Nadal e Djokovic integram com Federer o chamado 'Big 3' do tênis e disputam com ele o status de melhor jogador masculino, por suas conquistas e também por sua longevidade.
No entanto, dada sua maior idade, o suíço considerou que "parece certo" ser ele o primeiro a pendurar as raquetes.
- Fim de uma era -
Somada à aposentadoria no início do mês de Serena Williams, de 41 anos, que para alguns é a "maior de todos os tempos", com 23 troféus de Grand Slam, a despedida de Federer parece marcar o fim de uma era.
"Acho que vai ser difícil para muitos fãs, porque Serena e Roger provavelmente têm mais fãs do que qualquer um no tênis", afirmou Fritz na entrevista coletiva de sua equipe em Londres.
Mas "há muitos outros jogadores" e "creio que o tênis está se tornando muito mais divertido porque vemos muita gente nova ganhar", acrescentou o americano, que faz parte de uma geração que durante anos parecia relegada a não superar a barreira formada por Federer, Nadal e Djokovic.
"É muito emocionante que estes grandes eventos tenham dez pessoas diferentes com potencial para ganhar", comentou.
Enquanto na Equipe Europa todos brincam lembrando dos grandes jogos disputados contra Federer, seus adversários afirmaram estar dispostos a dar o melhor de si para vencer.
"Ninguém gosta de perder e muito menos os jogadores competitivos que tenho à minha volta", afirmou McEnroe, garantindo que todos queriam enfrentar Federer e Nadal neste "icônico" jogo.
O ex-tenista americano defendeu que diante desta equipe de "super-heróis" eles não serão os "supervilões", mas sim competitivos.
Todos concordaram que a noite de sexta-feira será um momento especial.
Mas "é uma celebração do que Roger conquistou, e não uma questão de ganhar ou perder", o que "nos abre uma porta para jogarmos nosso jogo", afirmou McEnroe.