Europa

Para poupar energia, bancos na Dinamarca reduzem aquecimento e darão cobertores à equipe

No Reino Unido, instituições já têm planos de contingência para risco de apagões no 'inverno da ira'

Arbejdernes - wikipedia

Bancos de toda a Europa estão se adaptando para lidar com a disparada da conta de luz na região e para os riscos de blecautes em alguns países diante do agravamento da crise de energia no continente por causa da guerra na Ucrânia.

Os cortes no fornecimento do gás russo levaram a uma disparada nos preços de energia e crescem as preocupações com o que já vem sendo chamado de "inverno da ira", diante da insatisfação dos cidadãos com a alta da inflação.

Na Dinamarca, segundo pesquisa feita pela mídia local, grandes bancos vão oferecer cobertores a seus funcionários para aliviar o frio, já que, seguindo orientação do governo, vão reduzir o aquecimento em seus escritórios.

O governo determinou que os prédios públicos tenham aquecimento de no máximo 19 graus Celsius e orientou que empresas privadas sigam o exemplo para evitar os riscos de apagões.

No Arbejdernes, sexto maior banco da Dinamarca, cobertores foram fornecidos aos 1.800 funcionários caso eles sintam muito frio, informou o porta-voz da empresa, Peter Froulund.

O quinto maior banco da Dinamarca, o Spar Nord, está disponibilizando um estoque de cobertores, agasalhos e camisas que já possui em suas filiais e escritórios para seus 1.600 funcionários, segundo o porta-voz da instituição, Neel Rosenberg.

No início deste mês, o UBS na Suíça também informou a seus funcionários que os escritórios teriam “oscilações mais bruscas” de temperatura para economizar energia no aquecimento. O banco decidiu reduzir, em média, em um grau a temperatura dos prédios e avisou que, a partir das 18h, sempre que possível, as luzes seriam desligadas. O alemão Deutsche Bank divulgou medidas similares.

África do Sul como exemplo
No Reino Unido, o diretor de segurança operacional do Ministério das Finanças, Andrew Rogan, informou nesta sexta-feira que os bancos britânicos estão preparando planos de contingência para lidar com possíveis blecautes no inverno.

As instituições estão incentivando o home office e traçando planos para usar escritórios regionais afastados, fora dos grandes centros urbanos, em caso de apagões localizados. Os bancos britânicos estão estudando também a experiência de instituições financeiras da África do Sul, onde os cortes de energia são frequentes.

Segundo Rogan, a experiência de lidar com as quarentenas na pandemia da Covid-19 deixou as empresas britânicas mais preparadas para eventos extremos.