Bibliotecas Comunitárias incentivam a leitura comunidades periféricas
Locais também oferecem outras atividades, como oficinas de dança e teatro
O Brasil é marcado por uma grande diversidade entre os estudantes, principalmente com relação a classe social. Em bairros periféricos do Recife, uma opção para um maior contato das crianças com os livros são as bibliotecas comunitárias, presentes em toda a América Latina. São instituições criadas sem a intervenção de terceiros, com o objetivo de enaltecer o aprendizado e a cultura em comunidades.
Em sua maioria, essas iniciativas surgem a partir do interesse de uma comunidade, onde o líder comunitário cria, em um espaço que não está sendo usado, uma biblioteca a partir de ações e doações de voluntários e projetos de extensão. Elas funcionam semanalmente, incluindo os fins de semana, e cada uma possui a sua própria característica.
A Biblioteca Comunitária Mangueira da Torre, na Região Metropolitana do Recife, é vice-coordenada por Clecio Bunzen, professor na Universidade Federal de Pernambuco nas áreas de pedagogia e letras. “Normalmente nosso trabalho envolve a organização desse acerto, a mediação literária para as crianças, a programação cultural”, pontuou.
“A biblioteca comunitária não é uma escola, ela é um espaço de leitura e práticas culturais. Temos às vezes oficinas de dança, brinquedos, teatro e ilustração. Todo sábado tem uma mediação onde a criança participa de várias atividades”, declarou Clécio, que também atua em projetos da UFPE envolvendo Bibliotecas Comunitárias.
A biblioteca de Mangueira da Torre possui cerca de 15 alunos, bolsistas, envolvidos com o projeto. São em média 40 crianças que utilizam o espaço de leitura, alugam livros durante a semana e participam de atividades culturais. Doações de obras podem ser feitas através do instagram dos projetos.