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Biden afirma que EUA e seus aliados 'não se deixarão intimidar' por Putin

Declaração foi feita após cerimônia realizada em Moscou, presidida por Putin, para anunciar que a Rússia havia anexado quatro territórios da Ucrânia

Presidente dos EUA, Joe Biden - Alex Wong/Getty Images via AFP

O presidente Joe Biden afirmou, nesta sexta-feira (30), que os Estados Unidos e a Otan “não se deixarão intimidar” pelo presidente russo, Vladimir Putin, e alertou que a aliança atlântica defenderá “cada centímetro” de seu território.

Na Casa Branca, Biden falou a Putin, apontando seu dedo para a câmera de televisão: “Os Estados Unidos estão completamente preparados, com nossos aliados da Otan, para defender cada centímetro do território da Otan.”

“Senhor Putin, não mal interprete o que estou dizendo: cada centímetro”, acrescentou.

As declarações de Biden ocorreram logo após uma cerimônia realizada em Moscou, presidida por Putin, para anunciar que a Rússia havia anexado quatro territórios da Ucrânia, apesar das tropas ucranianas, armadas pelo Ocidente, continuarem lutando para recuperar seu controle.

O presidente russo insinuou que como os territórios haviam sido declarados parte de seu país, o Kremlin poderia recorrer legitimamente a armas nucleares para defendê-los.

“Ameaças imprudentes”, classificou Biden, que acredita que Putin tenta mostrar força quando na realidade “está tendo problemas”.

Biden mencionou também uma votação no Congresso nesta sexta-feira para aprovar mais 12,3 bilhões de dólares de ajuda militar para a Ucrânia.

“Vamos manter este rumo. Vamos seguir fornecendo equipamentos militares para que a Ucrânia possa defender a si mesma, seus territórios e liberdade”, disse. 

Sobre a explosão no gasoduto Nord Stream, Biden afirmou, como outros líderes ocidentais, que se trata de “um ato deliberado de sabotagem”.

Não apontou quem pensa estar por trás do ataque, mas descreveu como “desinformação e mentiras” as acusações russas de que Washington estaria envolvido.

“Trabalharemos com nossos aliados para chegar a fundo no que exatamente, precisamente, aconteceu”, declarou a jornalistas.

“No momento apropriado, quando as coisas se acalmarem, enviaremos mergulhadores para averiguar exatamente o que houve”, explicou. 

Acrescentou ainda que os Estados Unidos já estão cooperando com aliados para “melhorar a proteção desta infraestrutura crítica”.