Leclerc será o pole no GP de Singapura e Verstappen largará em oitavo
Monegasco, da Ferrari, sairá na frente do mexicano Sergio Pérez, da Red Bull, e do britânico Lewis Hamilton, da Mercedes
Em treino classificatório marcado pela briga intensa pela liderança, neste sábado, Charles Leclerc, da Ferrari, se deu melhor. E com apenas 0s022 de vantagem, conquistou a pole position em Marina Bay (com 1min49s412). Sergio Pérez será o segundo no grid de Singapura. Essa é a 18ª pole da carreira de Leclerc, a nona de 2022.
O monegasco ainda pode adiar o bicampeonato do rival Max Verstappen neste fim de semana e descontar nas próximas seis etapas prejuízo de 116 pontos até aqui. O GP de Singapura, que marca o retorno da F-1 à Ásia após três anos, terá transmissão da Band a partir das 9 horas deste domingo.
Verstappen, ao contrário, deixou o circuito frustrado. Sem esconder a decepção, o atual campeão da F-1 foi chamado aos boxes pela Red Bull por não ter combustível suficiente para concluir sua última volta. Para evitar uma pane seca e que ficasse sem um mínimo de amostras para apresentar à FIA, o que desclassificou Vettel na Hungria em 2021, o holandês recolheu o carro. Ele larga em oitavo.
Na manhã deste sábado, a pole parecia ser de Lewis Hamilton, da Mercedes, o primeiro a assumir o protagonismo no Q3. Mas, o heptacampeão mundial foi superado no final. Mesmo assim, o britânico vai largar da segunda fila.
Singapura já promoveu 12 GPs na F1 desde a sua estreia, em 2008. Destes, a RBR venceu apenas três vezes, com Sebastian Vettel (2011, 2012 e 2013). Desde então, Ferrari e Mercedes se alternaram no lugar mais alto do pódio em Marina Bay.
Singapura já promoveu 12 GPs na F-1 desde a sua estreia, em 2008. Destes, a Red Bull venceu apenas três vezes, com Sebastian Vettel (2011, 2012 e 2013). Desde então, Ferrari e Mercedes se alternaram no lugar mais alto do pódio em Marina Bay.
Singapura tem o segundo circuito com mais curvas no campeonato: 23, quatro a menos que a recordista Jeddah, na Arábia Saudita. E a velocidade nas curvas é justamente um dos pontos mais fortes da Ferrari, ao passo em que a Red Bull se sobressai no desempenho nas retas.
Fora das pistas
Mas nos bastidores, o assunto dominante em Marina Bay foi uma possível quebra no teto de gastos da FIA em 2021.
Duas equipes teriam ultrapassado o limite previsto de 145 milhões de dólares (cerca de R$ 782 milhões) na temporada passada. Segundo a imprensa internacional, a Red Bull seria uma das equipes acima do limite orçamentário, assim como a Aston Martin.
Na próxima quarta-feira, a FIA vai enviar uma notificação formal às equipes, revelando se a documentação do ano orçamentário de 2021 foi aprovada.
De acordo com o artigo 8.10 do regulamento financeiro da F-1, um excesso de gastos de até 5% prevê uma "violação menor", que pode acarretar multas financeiras ou penalidades esportivas. Acima dessa porcentagem, a gravidade aumenta, com dedução mandatória de pontos no campeonato de construtores, no período em que a violação teria acontecido (neste caso, em 2021). Além disso, há eventuais multas e outras punições no âmbito desportivo.
Ferrari e Mercedes alegam ter seguido o teto de gastos à risca, inclusive com demissões de funcionários, adiamentos e cancelamentos de atualizações para os carros deste ano. E cobram a FIA, uma vez que alegam que o estouro da Red Bull não teria rendido vantagem apenas em 2021, mas também no desenvolvimento do carro de 2022.
Chefe da Red Bull, Christian Horner garantiu que sua equipe se manteve dentro dos gastos permitidos pela FIA.