No exterior, votação para presidente tem longas filas e clima de tensão entre eleitores
Eleição fora do País é marcada por muitas horas de espera para votar e discussão em algumas cidades
Milhares de brasileiros também foram às urnas no exterior, ontem, um dia marcado por filas e tensão em algumas cidades. Com 697.078 pessoas aptas a votar, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os eleitores indicaram quem desejar na presidência do país pelos próximos quatro anos. Até a publicação deste texto, 94,08% das urnas tinham sido apuradas, tendo o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente na votação com 47,52% dos votos e Jair Bolsonaro (PL), com 41,29%, em segundo lugar. Completam a lista Ciro Gomes (PDT) (4,53%), Simone Tebet (MDB) (4,44%), Felipe D'Avila (Novo) (1,28%), Soraya Thronicke (União Brasil) (0,26%), Sofia Manzano (PCB) (0,21%), Vera Lúcia (PSTU) (0,16%), Padre Kelmon (PTB) (0,12%), Léo Péricles (UP) (0,11%) e José Maria Eymael (DC) (0,09%).
ESTADOS UNIDOS
País que abriga o maior número de eleitores brasileiros no exterior, os Estados Unidos registraram longas filas nos locais de votação. Em algumas cidades houve espera de até quatro hora para votar. Em Miami, maior colégio eleitoral dos EUA, a transferência do local de votação do centro para uma região mais distante também foi alvo de críticas por parte do eleitorado. Boston e Nova York são respectivamente a segunda e terceira cidades com o maior número de eleitores. Em NY, desde às 6h já havia gente na única zona eleitoral disponível no entanto o cenário registrado foi completamente diferente de Miami, com o tempo de espera nas filas girando em torno de trinta minutos.
PORTUGAL
Em Portugal, o comparecimento recorde do eleitorado prolongou também longas filas nos locais de votação e levou o TSE a prorrogar o período de votação por mais três horas. Segundo o embaixador Wladimir Valler Filho, a participação dos eleitores em Portugal é histórica. O país contabiliza um eleitorado de 45,2 mil aptos ao voto, sendo a capital, Lisboa, a cidade fora do Brasil com o maior colégio eleitoral. Entre as ocorrências registradas no país, uma das urnas precisou ser inviabilizada devido a uma tentativa de fraude e as eleições nesta seção tiveram continuidade através de cédulas de papel. Além disso, duas outras urnas precisaram ser substituídas devido a problemas técnicos.
JAPÃO
Por conta do fuso horário, o Japão foi um dos primeiros países a ter as urnas abertas. O processo eleitoral se iniciou às 20h do sábado e encerrou às 5h do
domingo, de acordo com o horário de Brasília. Mesmo antes da divulgação oficial do TSE, internautas circularam fotos dos boletins de urnas das seções
distribuídas pelo país, indicando as pontuações respectivas de cada candidato. O resultado oficial das apurações apontou vitória para o candidato à reeleição Jair Bolsonaro De acordo com o TSE, o país tem o contingente de mais de 76 mil brasileiros aptos a votar.
SUÍÇA
Longas filas foram registradas na cidade de Zurique, capital do país. Já em Genebra, a polícia local precisou ser acionada para coibir a tentativa de distribuição
irregular de material de campanha na porta da seção, o que se configura como um crime eleitoral. Pouco tempo depois, um conflito entre apoiadores dos candidatos Lula e Bolsonaro, incluindo troca de xingamentos, repercutiu nas redes sociais e marcou o processo eleitoral do país europeu. A polícia foi acionada e precisou intervir para evitar um confronto físico. De acordo com a apuração final, a vitória na cidade foi do petista, com 1.981 votos contra 1.930 do candidato à reeleição.
FRANÇA
Assim como em outras regiões europeias, grandes filas foram registradas na França, resultando um tempo de espera de mais de duas horas. A expectativa era de receber 22.629 eleitores nesse primeiro turno, o dobro de 2018. Paris é a única cidade do país que conta com seções eleitorais disponíveis, um total de 57, o que resultou em um fluxo intenso de brasileiros que tiveram de se deslocar da cidade que residem originalmente para exercerem o direito ao voto na capital francesa. Uma das urnas precisou ser substituída por uma de cédulas de papel. De acordo com a apuração dos boletins de urna, o candidato do PT saiu vitorioso no país, contabilizando 77,5% dos votos.
NOVA ZELÂNDIA
Com o fuso 16 horas à frente do Brasil, a Nova Zelândia foi o primeiro país do mundo a abrir e fechar as urnas. A eleição na nação da Oceania se iniciou na tarde de sábado e foi encerrada na madrugada de domingo, de acordo com o horário de Brasília. No prédio da Embaixada do Brasil, na capital Wellington, estava localizada a única zona eleitoral, onde foram disponibilizadas quatro seções. De acordo com os boletins de urna, Lula foi o candidato mais votado, levando 72,94% dos votos, enquanto Bolsonaro ficou em segundo lugar, alcançando 16,67%