Em decisão unânime, PDT declara apoio a Lula no segundo turno; Ciro endossa decisão
Executiva do partido se reuniu no fim da manhã desta terça (4)
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) anunciou, nesta terça-feira (4), apoio unânime à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. O partido teve Ciro Gomes, que recebeu 3,5 milhões de votos (3%), como candidato no primeiro turno.
A Executiva se reuniu no fim da manhã desta terça (4), para decidir o apoio no segundo turno. Presente no encontro, Ciro Gomes, que fez uma campanha com diversos ataques a Lula no primeiro turno, segue a decisão do partido.
"Frente às circunstâncias é a última saída. Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste para os brasileiros duas opções, a meu ver, insatisfatórias. Não acredito que a democracia esteja em risco nesse embate eleitoral, mas, sim, no seu absoluto fracasso de construir um ambiente de oportunidades", declarou Ciro Gomes em vídeo nas redes sociais.
Também participaram do encontro o deputado André Figueiredo, lider da bancada na Câmara; o deputado federal Felix Mendonça Júnior; o candidato derrotado ao Governo do Rio de Janeiro Rodrigo Neves, o vereador pelo Rio de Janeiro Wellington Gomes e alguns membros da juventude do partido.
"O que está em risco hoje são duas personalidades completamente diferentes: de um lado, o Lula, que é um democrata; do outro lado, um aspirador a ditador, que é o Bolsonaro", justificou o presidente do PDT Carlos Lupi.
A reunião, que durou uma hora e meia, teve a participação de toda a executiva nacional, presidentes estaduais do partido, deputados federais e senadores. Segundo Lupi não houve nenhum voto contrário.
"Repeti três vezes para anotar em ata. Está tudo gravado", fez questão de dizer, acrescentando que a candidatura do petista é considerada a mais próxima do que a sigla defende.
"Defino como a candidatura do 12 mais um", brincou Lupi, durante entrevista coletiva logo após a reunião.
O presidente do PDT informou que na próxima segunda-feira (10) vai reunir-se com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para presentar quatro projetos que a legenda deseja serem incluídos no programa de Governo de Lula.
O programa renda mínima, projeto do Eduardo Suplicy que Ciro Gomes havia incluído como plataforma de campanha; a renegociação da dívida de famílias junto ao SPC e a pequenas empresas; a instalação de escolas em tempo integral que, embora não seja atribuição da federação, o governo federal deverá estimular com a liberação de recursos para estados e municípios.
O quarto projeto - avisa Carlos Lupi - ainda é desconhecido pelo Partido dos Trabalhadores, mas não menos importante - a criação de um Código Nacional do Trabalho. "Pra gente é fundamental, já que somos um partido trabalhista e não deve ser diferente para o PT", argumentou.