Meio Ambiente

Manchas de óleo: comitê foi montado para definir plano de ação nas praias pernambucanas

Quantidade de petróleo cru encontrada subiu para seis toneladas; locais afetados não serão interditados

Vestígios de óleo surgem nas praias pernambucanas - Reprodução/WhatsApp

Mais de seis toneladas de óleo foram encontradas no Litoral Sul pernambucano desde o último domingo (2). Diante do caso, um Comitê Estadual foi formado com a presença de órgãos responsáveis pela proteção ambiental do Estado, com objetivo de definir um plano de ação de mitigação de danos e recolhimento das “bolotas”.

O encontro ocorreu na manhã desta quarta-feira (5), no auditório da Agência Estadual de Meio Ambiental (CPRH).

As praias afetadas não serão interditadas e o banho de mar continua liberado nos locais. A CPRH orienta apenas que, em caso de identificação do material, é preciso evitar o contato para previnir danos à pele.

Caso o banhista encontre o material tóxico, deve entrar imediatamente em contato com o órgão através do telefone: (81) 99488-4453. 

Na reunião desta manhã, foi acionado o Plano de Ação P2R2, para a resposta rápida de acidentes envolvendo produtos químicos perigosos. A Capitania dos Portos ficará responsável por fazer o monitoramento do mar.

O Ibama buscará contratar uma Central de Tratamento Resíduos (CTR) para receber o material. Já a CPRH ficará responsável pelo monitoramento das praias, identificação e recolhimento em conjunto com as prefeituras. 

Ainda não existe uma estimativa do total do petróleo cru despejado no mar. “Estamos constantemente monitorando. De sábado para cá, os municípios conseguiram coletar seis toneladas do material nas praias do estado, com bolotas em tamanhos variados”, declarou Eduardo Elvino, diretor de Licenciamento Ambiental da CPRH.  

Além dos já citados, o Comitê Especial foi composto pelos órgãos: Codecipe, Vigilância em Saúde Ambiental, CBMPE, UFPE, PRF, UPE, DNIT, Amupe, Fiepe e Fundacentro. 

O caso
As primeiras evidências desta nova leva de petróleo cru nas praias pernambucanas foram encontradas no último domingo (5), por um pescador na praia de Tamandaré, no Litoral Sul do Estado.

Inicialmente, a hipótese trabalhada foi a de que o material tenha a mesma origem do último mês de agosto. 

A linha de investigação concluída pela Marinha sobre o caso foi de que o material é originado do Golfo do México, proveniente de uma lavagem de um tanque de navios petroleiros, onde o descarte do material foi feito de forma inadequada, despejando-o no mar.

Segundo informações da CPRH, o caso recente não tem relação com o incidente de 2019.