Internacional

Biden comemora acordo fronteiriço entre Israel e Líbano como 'avanço histórico'

Acordo envolvia o desenvolvimento de jazidas de energia

Presidente dos EUA, Joe Biden - Samuel Corum / AFP

O presidente americano, Joe Biden, definiu, nesta terça-feira (11), o acordo entre Israel e Líbano, intermediado por Washington, para resolver uma disputa sobre fronteira marítima como "um avanço histórico" e pediu que todos os lados o cumpram.

"Os governos de Israel e do Líbano concordaram em encerrar formalmente sua disputa sobre a fronteira marítima", disse Biden em um comunicado.

"Agora é essencial que todas as partes mantenham seus compromissos e trabalhem para sua implementação", pediu o presidente dos Estados Unidos, que afirmou ter falado por telefone com o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, e seu homólogo libanês, Michel Aoun.

Biden também agradeceu ao presidente francês, Emmanuel Macron, em seu comunicado de imprensa por "seu apoio nas negociações".

Após intensas negociações sob a mediação de Washington, Israel anunciou na terça-feira que chegou a um acordo "histórico" com o Líbano para delimitar a fronteira marítima entre os dois países, oficialmente em estado de guerra, e desbloquear a exploração de jazidas de gás no mar Mediterrâneo.

O acordo "permitirá o desenvolvimento de jazidas de energia em benefício de ambos os países", disse Biden, para quem este acordo "protege a segurança e os interesses econômicos de Israel" e permite que o Líbano comece "sua própria exploração de recursos energéticos".

Falando a repórteres, um alto funcionário americano insistiu, sob condição de anonimato, que "as negociações não foram fáceis de realizar" e previu "tempos mais difíceis" à medida que a implementação do acordo avança.

Ainda assim, disse esperar que "o acordo fosse assinado" por ambas as partes. O pacto deve ser apresentado na quarta-feira ao conselho de segurança israelense e depois a todo o governo e ao Parlamento, que deve se pronunciar.

Por sua parte, o Líbano disse estar satisfeito com o acordo, mas ainda não anunciou oficialmente que o aceita.