Recife registra deflação pelo terceiro mês seguido

Em relação às outras cidades que participaram da pesquisa, Recife se encontra em terceiro lugar nas menores porcentagens

Recife registra deflação em setembro, segundo dados do IBGE. O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) alcançou o índice de -0,43%, o terceiro mês seguido em que houve queda do índice. Em agosto, o percentual chegou a -1,40%, e em julho, -0,68%. A capital pernambucana é a terceira menor porcentagem entre as 16 capitais e regiões que participaram da pesquisa. 

Quando comparada a variação mensal do resto do país à do Recife, é vista uma diferença de -0,14% (-0,43% da capital, 0,29% do resto do país). Fortaleza foi a cidade com maior porcentagem de deflação, com -0,65%, seguida de Porto Alegre, que chegou a -0,46%.

A capital pernambucana, durante o ano de 2022, teve inflação de 3,49%, abaixo da média brasileira (4,09%). No ranking de capitais com menor índice de inflação, Recife está em quarto lugar, perdendo para Porto Alegre (1,83%), Goiânia (2,68%) e Belo Horizonte (2,78%).  Em relação ao percentual dos últimos 12 meses, a Região Metropolitana do Recife ficou com 6,79%, o sexto maior índice nacional, enquanto no geral, o Brasil alcançou 7,17%.

A RMR possui 9 grupos de produtos e serviços, sendo eles Residência, Comunicação, Transportes, Vestuário, Despesas Pessoais, Habitação, Saúde e cuidados pessoais, Alimentação e bebidas e Educação. Dos grupos apresentados, somente três apresentaram queda de agosto para setembro, sendo eles Residência (-0,20%), Comunicação (-2,75%) e Transportes (-3,5%). A queda do ICMS em agosto (-12,10%) foi essencial para que o IPCA entrasse em deflação. No acumulado do ano, os setores que tiveram maior deflação foram Comunicação (-2,59%), Transportes (-0,2%) e Habitação (-0,25%). 

Cinco produtos/serviços tiveram redução de preço, entre eles: etanol (-17,95%), alface (-12,96%), acesso à internet (-12,71%), gasolina (-12,04%) e melancia (-10,38%). De janeiro a setembro, o tomate foi o mais impactado, com redução de -29,35%, seguido da gasolina, que teve redução de -26,94% do seu preço.

Em relação aos cinco produtos/serviços com maior aumento no IPCA, o ovo de galinha chegou a porcentagem de 9,10%, a maior da lista. Outros produtos também tiveram aumento de preço, como o mamão (8,41%), a cebola (5,80%), o doce de frutas em pasta (5,49%) e a uva (5,08%). De janeiro a setembro, o aumento dos três primeiros itens foi de 25,93%, 31,94% e 39,67%, respectivamente. 

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 30 de agosto a 28 de setembro de 2022 (referência) com os preços vigentes de 29 de julho a 29 de agosto de 2022 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.