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'Paguem a dívida ecológica' gritam manifestantes na porta do FMI

Ativistas dificultam a entrada de membros das delegações reunidas em Washington para o encontro anual do Fundo Monetário com o Banco Mundial

Manifestantes na frente do prédio do FMI - CHIP SOMODEVILLA/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/Getty Images via AFP

O encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Washington entrou no seu quarto dia marcado por protestos na porta da sede do FMI. Ativistas do Exctinction Rebellion tentaram bloquear a entrada dos delegados que participam do evento e entoaram gritos de guerra como “paguem a dívida ecológica”, conclamando o FMI e os países ricos que controlam o organismo multilateral a suspenderem a cobrança de débitos de economias mais pobres.

O Extinction Rebellion, que no Brasil é chamado de Rebelião ou Extinção, é um movimento internacional descentralizado e sem filiação partidária que faz protestos pacíficos para pressionar governos a responder à emergência climática.

Sob chuva, eles carregavam cartazes com dizeres como "Descolonize, descarbonize" e "A dívida é um instrumento do colonialismo" e tentavam impedir o acesso ao evento.

Na noite de quinta-feira, o grupo Daughters of the American Revolution (“filhas da revolução americana”, numa tradução livre) fez um protesto de bicicletas do lado de fora do prédio onde estava sendo realizado um jantar de membros do FMI, do Banco Mundial e diplomatas do G20, o grupo dos 20 países mais ricos do mundo.

"O FMI e o Banco Mundial precisam cancelar imediatamente todas as dívidas. Isso é muito importante para os países do Sul Global (como os ativistas chamam as economistas menos desenvolvidas). Eles (o FMI e o Banco Mundial) precisam pagar reparações coloniais e climáticas para esses mesmos países que estão vivenciando não só uma enorme pressão financeira como também uma crise climática que esses países não ajudaram a criar. É tempo também de FMI e Banco Mundial pararem de investir em todos os projetos atuais e futuros com combustíveis fósseis", afirmou uma das manifestantes, a americana Hope Neyer.