Maradona

Vai a leilão bola do gol da 'mano de Dios' de Maradona na Copa do Mundo do México-1986

Também foi nesse jogo que Diego fez um dos gols mais bonitos da história das Copas após driblar toda a zaga inglesa

Momento em quem Maradona faz o gol com a mão contra a Inglaterra - Reprodução

O árbitro do jogo entre Argentina e Inglaterra da Copa do Mundo do México-1986 (2-1) vai leiloar a bola com que Diego Armando Maradona fez "dois dos gols mais famosos da história do futebol", informou nesta quinta-feira (13) a casa britânica Graham Budd Auctions.

A venda ocorrerá em 16 de novembro, mas os possíveis compradores vão poder começar a fazer suas ofertas online a partir de 28 de outubro, anunciou a casa de leilões em um comunicado.

Esta empresa, especializada em objetos esportivos, confia em que a bola histórica alcance um valor entre 2,5 e 3 milhões de libras esterlinas (entre 2,7 e 3,3 milhões de dólares).

A partida pelas quartas de final da competição, disputada apenas quatro anos depois da Guerra das Malvinas, entre Argentina e Inglaterra, é uma das mais lembradas dos Mundiais pela rivalidade entre os dois países e os dois gols marcados pelo craque argentino.

No primeiro, Maradona tocou a bola com a mão para neutralizar o goleiro inglês Peter Shilton. Ele mesmo admitiu depois que tinha feito o gol "um pouco com a cabeça e um pouco com a mão de Deus".

No segundo, marcado apenas quatro minutos depois, o camisa '10' da seleção argentina driblou cinco adversários e o próprio Shilton para fazer "o gol do século", segundo votação da FIFA em 2002.

"Com a história em torno desta bola, esperamos que este lote seja enormemente popular quando ocorrer o leilão", disse Graham Budd, presidente da casa de leilões.

Em maio passado, a camisa azul com o número 10 vestida por Maradona nesse jogo foi arrematada por quase 9,3 milhões de dólares, um recorde batido em setembro por uma camisa de Michael Jordan com os Chicago Bulls (US$ 10,1 milhões).

Segundo a casa de leilões, a bola estava nas mãos do árbitro da controversa partida, o tunisiano Ali bin Nasser, que assegurou no comunicado que sentia que este "era o momento adequado para compartilhá-la com o mundo".

Sobre a jogada controversa do primeiro gol, Bin Nasser se isentou de qualquer responsabilidade: "Não pude ver o incidente claramente, os dois jogadores, Shilton e Maradona, estavam de costas para mim".