Futebol

Diógenes anuncia renúncia da Diretoria de futebol do Náutico

Em coletiva de imprensa, presidente do clube informou também quais os principais erros que levaram o Timbu ao futuro rebaixamento à Série C do Campeonato Brasileiro

Diógenes Braga concedeu entrevista coletiva nos Aflitos - Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda (17), nos Aflitos, o presidente do Náutico, Diógenes Braga, acompanhado de Luiz Gayão, vice-presidente jurídico, e Wesley Carvalho, vice-presidente administrativo, comunicou que os diretores de futebol do clube entregaram os cargos. O Timbu montará um novo departamento para o setor.

“De forma honrosa, os membros da diretoria de futebol colocaram os cargos à disposição e nós aceitamos. Entendemos que uma remontagem completa do departamento é necessária. Não acho que seja questão de atribuir culpa, mas sim de iniciar um processo do zero”, afirmou o presidente, antes de ressaltar que ele permanecerá no cargo. “Sou presidente do clube porque fui eleito em um processo democrático. Tenho todo um grupo que ratificou o apoio nos últimos dias”, frisou. Deixam o Timbu o vice-presidente de futebol José Barbosa e os diretores Eduardo Belo e Gilberto Correia. 



Os erros

Segundo Diógenes, dois erros em especial provocaram o declínio do Náutico na temporada. “Precisamos retomar algumas coisas que perdemos. Posso citar que uma coisa que ajudou muito nas conquistas anteriores: a análise de desempenho, que participava ativamente no planejamento de futebol, montagem de elenco, avaliação de atletas e até mesmo de troca de treinadores. Isso foi abandonado, um grande erro. Ao longo do ano, também faltou o que a gente mais tinha antes, a convicção. Quando se está convicto, é porque você avaliou a ação que vai fazer e faz acreditando que pode dar certo. A possibilidade de dar errado é menor. As ações neste ano foram mais impetuosas do que pensadas”, pontuou.

Faltou respeito

O presidente também se mostrou decepcionado com a postura do grupo. “Desligar um atleta agora prejudica porque gera encargos que não vão existir se os contratos terminarem nas próximas semanas. Temos a obrigação e o dever de pensar racionalmente. A gente não abre mão ao respeito com a camisa do clube e a revolta que o torcedor tem, nós também temos. Não vamos passar a mão na cabeça de ninguém. Nem na nossa. Não farei avaliações técnicas dos jogadores. Não cabe a mim. Como presidente, não posso. Sobre a parte comportamental, poucos atletas têm amor à camisa. Tirando quem sobe da base. Quem tem passagem curta é diferente.  Acredito em profissionalismo e respeito à instituição. Acho que isso faltou, sim”.

O Náutico é o lanterna da Série B, com 30 pontos, e ainda tem mais três jogos até o término da competição.