Estados Unidos

EUA vão ajudar Cuba com US$ 2 milhões após passagem de furacão Ian

A passagem do evento climático deixou dois mortos na ilha, além de problemas estruturais

Homem recolhendo destroços do furacão Ian, em Cuba - YAMIL LAGE/AFP

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (18) que "fornecerão dois milhões de dólares em ajuda emergencial" a Cuba após a passagem do potente furacão Ian, através de sua agência para o desenvolvimento internacional, uma iniciativa à qual Havana agradeceu.

Trata-se de uma "ajuda humanitária crítica" para o povo cubano, que chegará através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional e de "parceiros internacionais de confiança" que trabalham diretamente com os cubanos, cujas comunidades foram castigadas pela tempestade, antecipou em um comunicado Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado.

Ele acrescentou que Washington trabalhará com "organizações independentes de confiança" e que estão sendo avaliadas solicitações de organizações como a Federação Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho para dar esta assistência. O governo cubano reagiu, agradecendo a Washington.

"Agradecemos a oferta de ajuda humanitária dos Estados Unidos. O aporte material, avaliado em US$ 2 milhões, através da Federação Internacional da Cruz Vermelha, ajudará nossos esforços de recuperação e apoio aos afetados" pelos estragos do furacão, tuitou o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.

A passagem do furacão Ian, no fim de setembro, deixou dois mortos, provocou um apagão generalizado e danos importantes em residências e redes elétricas na ilha.

No comunicado, o Departamento de Estado assegura que continuará avaliando as necessidades humanitárias e "buscando formas de dar um apoio significativo ao povo cubano, em conformidade com as leis e regulações dos Estados Unidos".

Cuba, sob regime do partido único comunista, desde a revolução liderada por Fidel Castro, é um tema sensível na política interna dos Estados Unidos, que abriga uma importante comunidade de exilados cubanos, especialmente na Flórida.

Quando chegou à Casa Branca, em janeiro de 2021, o presidente americano, Joe Biden, prometeu rever a política do país com relação a Cuba, sob um embargo americano desde 1962, mas endureceu o discurso após o desenlace dos protestos maciços contra o governo cubano, em julho de 2021.

Estes protestos, que Havana diz terem sido orquestrados nos Estados Unidos, deixaram um morto, dezenas de feridos e mais de 1.300 detidos, segundo a Cubalex, uma ONG de direitos humanos sediada em Miami.

Em maio passado, Biden anunciou que suspenderia algumas restrições impostas a Cuba sob o mandato de seu antecessor, Donald Trump, para facilitar procedimentos de imigração, transferências de dinheiro e voos.

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