EUA

Republicanos avisam que não darão 'cheque em branco' à Ucrânia se vencerem eleições

Desde o início da guerra, os Estados Unidos desembolsaram US$ 17,6 bilhões em ajuda militar à Ucrânia

Bandeira dos Estados Unidos. A informação surge depois que autoridades americanas disseram que o Irã estava atenuando seu pedido para que Washington removesse a Guarda Revolucionária de uma lista terrorista - Pexels

O líder dos republicanos na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, alertou nesta terça-feira que seu partido não entregará nenhum "cheque em branco" à Ucrânia se vencer as eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, como apontam as pesquisas.

A advertência é o primeiro indício de possíveis dificuldades para Kiev caso o apoio do Congresso americano à sua defesa diminua. "Acredito que entraremos em recessão, e não vamos entregar um cheque em branco para a Ucrânia. Não é possível", disse o congressista ao site de informações políticas Punchbowl News.

Se os republicanos conquistarem a maioria das cadeiras na Câmara, McCarthy, representante da Califórnia, espera substituir a democrata Nancy Pelosi como presidente da casa, o que o tornaria a terceira figura mais importante dos Estados Unidos, atrás do presidente do país, Joe Biden, e da vice, Kamala Harris.

McCarthy disse esperar que os eleitores punam os democratas em novembro por negligenciarem as prioridades nacionais, como a imigração.

Desde que a invasão russa à Ucrânia começou, em 24 de fevereiro, os Estados Unidos desembolsaram US$ 17,6 bilhões em ajuda militar à Ucrânia, com o aval dos partidos, embora parte da ala direita dos republicanos tenha discordado.

Os democratas criticaram fortemente as declarações de McCarthy. "Reduzir a ajuda à Ucrânia em meio à guerra mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial mostra até que ponto McCarthy seria incompetente como presidente da Câmara", tuitou Ben Rhodes, ex-assessor de política externa do ex-presidente Barack Obama.