Justiça

Começa em Nova York julgamento do cineasta Paul Haggis, acusado de estupro

Diretor de "Crash: No Limite" e "Menina de Ouro" nega a acusação de estupro feita pela agente publicitária Haleigh Breest em 2017

Cineasta canadense Paul Haggis - Angela Weiss / AFP

O premiado cineasta canadense Paul Haggis se sentou, nesta quarta-feira (19), no banco dos réus de um tribunal em Nova York após ser acusado por uma agente publicitária de estupro, o que ele nega.

O diretor de "Crash: No Limite" - vencedor dos prêmios Oscar de melhor filme e melhor roteiro original - e roteirista de "Menina de Ouro" e "007: Cassino Royale", de 69 anos, chegou ao tribunal do circuito sul de Manhattan na manhã desta quarta, constatou uma fotógrafa da AFP.

Em dezembro de 2017, a agente publicitária Haleigh Breest acusou o cineasta de ter abusado dela e cometido estupro em janeiro de 2013, quando ela tinha 26 anos.

Em meio à onda do movimento #MeToo de denúncias de violência sexual e sexismo contra as mulheres, o cineasta foi acusado por outras três mulheres de agressões sexuais. Contudo, em Nova York, ele responde apenas pela denúncia de Breest.

Em junho deste ano, Haggis foi detido no sul da Itália, após a denúncia de uma jovem por agressão sexual, que ele negou.

De acordo com vários veículos de imprensa dos Estados Unidos, os advogados do cineasta sugeriram hoje, diante do júri popular do tribunal, que a denúncia de Breest teria sido dirigida pela Igreja da Cientologia depois que Haggis deixou de fazer parte da mesma e passou a criticá-la. Essa tese, no entanto, foi refutada pelos advogados da denunciante.

Em sua denúncia, Breest contou que, em 31 de janeiro de 2013, após a exibição de um filme em Manhattan, o diretor insistiu para que os dois fossem beber alguma coisa em sua casa, ao invés de irem a um bar como ela queria. Já em sua residência, Haggis obrigou a mulher a fazer sexo oral nele e depois a violentou.